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Esquema integrado garante pronta resposta no Círio

Por Redação - Agência PA (SECOM)
08/10/2017 00h00

Tudo que o devoto de Nossa Senhora de Nazaré deseja durante a grande procissão do Círio, esteja ele na corda ou seguindo o longo cortejo atrás da berlinda com a imagem peregrina, é chegar à Basílica Santuário em paz e segurança, na certeza de ter cumprido sua missão. A mesma meta é também compartilhada pelo sistema de Segurança Pública, que por intermédio dos órgãos a ele vinculados, trabalha na elaboração de esquemas cada vez mais amplos e integrados para reduzir as ocorrências nesse período.

Enquanto a multidão avançava pelas ruas do centro de Belém, em um percurso de quase quatro quilômetros, um verdadeiro batalhão formado por policiais civis, militares, bombeiros, agentes da Defesa Civil e do Detran, além de servidores das secretarias estaduais mobilizadas em torno do evento, atuava para garantir o bom andamento da procissão. Ao todo, 21 mil agentes de segurança foram mobilizados em todas as romarias do Círio 2017.

Este ano a procissão evoluiu em um tempo bastante hábil, na comparação com os anos anteriores. Passava pouco das 9h quando a berlinda com a imagem peregrina apontou no início da avenida Nazaré, ponto em que houve o primeiro desatrelamento da corda. Às 11h20, o cortejo alcançou a Praça Santuário indicando o fim da principal romaria. Segundo Mário Tuma Junior, da Diretoria de Procissões, o Círio encerrou no horário planejado pela Diretoria da Festa. “Começamos dentro da normalidade, fluindo bem, até o momento do corte da corda, que apesar de todo o nosso esforço em conjunto com os órgãos de segurança, infelizmente é inevitável”, relatou.

Esse, aliás, foi outro momento que recebeu atenção especial dos agentes de segurança que acompanharam a procissão, por conta do tumulto que o corte da corda provoca. Outra preocupação este ano era com as altas temperaturas previstas pela meteorologia. “Estávamos preocupadíssimos com o sol, principalmente porque na sexta-feira (durante o Traslado Rodoviário) ele nos castigou bastante. Mas hoje o clima estava bem mais ameno e todo mundo conseguiu acompanhar. Vi poucos incidentes e menos gente passando mal este ano. O trabalho do Sistema de Segurança Pública do Estado foi imprescindível, eles estiveram conosco dando apoio o tempo todo", complementou Mário Tuma Junior.

Para o coronel Antônio Zanelli, comandante geral do Corpo de Bombeiros do Pará, os planejamentos feitos em torno da procissão foram extremamente válidos para todos. “O Círio foi um pouco adiantado em relação aos outros anos, mas acredito que isso contribuiu para que as ocorrências diminuíssem. Só os Bombeiros e a Cruz Vermelha somaram 6,5 mil agentes em campo e estiveram sempre de pronto-emprego para o atendimento de todas as ocorrências. Com isso, ganharam a Segurança Pública do Estado, a a sociedade paraense e a festa de Nazaré. As equipes estão todas de parabéns”, avaliou.

Ao longo do trajeto dessas procissões, oito postos de triagem da Polícia Civil funcionaram como pontos de apoio, com policiais bilíngues a disposição dos turistas. Para lá eram levadas as pessoas flagradas cometendo algum delito para que fossem autuadas. "Não tivemos nenhum episódio de maior relevância, a não ser tumultos ocasionados por ocasião do corte da corda e da disputa dos romeiros por pedaços dela; três pessoas detidas por pequenos furtos, que foram identificadas ao longo da procissão e encaminhadas à delegacia, e duas crianças perdidas", informou o secretário adjunto operacional de Segurança, coronel André Cunha.

Outra inovação foi a colocação de 20 praticáveis ao longo do caminho. Em cada uma dessas plataformas foi posicionado um policial militar e um bombeiro que, munidos de binóculos e rádios transmissores, puderam atender mais rapidamente os romeiros que precisaram de ajuda.

Para monitorar todas as ocorrências, uma Sala de Situação, instalada no plenário da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), reuniu todas as informações, dados e relatórios dos agentes referentes às ações integradas. “Esse espaço começou a funcionar desde a sexta-feira de forma integrada, com a participação de todos os organismos que integram o sistema de segurança pública - estaduais, federais e municipais - acompanhando diuturnamente tudo o que ocorria e adotando todas as providências para quaisquer contingências que surgissem durante as procissões", completou André Cunha.

Segundo o coronel, vários episódios necessitaram de intervenção, alguns inclusive que não faziam parte da procissão em si, mas que ocorreram no momento em que ela estava em curso, como a queda de um elevador no edifício Mirra, na noite do sábado, e princípios de incêndio. "Mas aqui, com todas as agências integradas, essa resposta articulada foi mais rápida", reiterou.