Oncológico Infantil celebra segundo ano de atividades com festa para as crianças
O dia 12 de outubro foi motivo de dupla comemoração para as crianças atendidas no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo. A instituição celebra nesta quinta-feira dois anos de fundação, e para marcar a data promoveu uma grande festa em homenagem aos seus mais ilustres pacientes: as crianças, também festejadas no dia de hoje. A programação contou com várias atrações, como palhaços, pula-pula, rapel com o Corpo de Bombeiros Militar, brincadeiras e distribuição de presentes. Com apenas dois anos de funcionamento, o Oncológico Infantil já é uma referência no combate ao câncer infanto-juvenil, atendendo cerca de 700 pacientes, e com um índice de satisfação de 97% por parte dos usuários.
A bióloga Denise Navarro, 44 anos, é mãe de Leandro, de oito anos. Aos cinco ele foi diagnosticado com um linfoma e daí em diante começou um drama para a família. Eles iniciaram o tratamento em São Paulo, mas deram continuidade à terapia no Octávio Lobo e, hoje, o menino foi considerado curado da doença pelos médicos. “O Oncológico não deixa nada a desejar aos hospitais de São Paulo. Nós sempre fomos muito bem atendidos aqui. Um voluntário paulista veio visitar o Oncológico Infantil e fez excelentes comentários”, contou Denize. Ela o esposo, Daniel Navarro, comemoraram o Dia das Crianças junto com Leandro e as demais crianças atendidas na instituição.
Izaack Saraiva, sete anos, era uma das crianças mais animadas da festa. Ele é filho da dona de casa Ana Saraiva, 32 anos, e faz tratamento no Octavio Lobo. A mãe explica que vem travando uma luta junto com o filho para vencer a doença renal com a qual foi diagnosticado. “É uma batalha constante, mas a gente nunca perde a fé. Ele é esperto, brincalhão e está sempre se divertindo. Aqui no hospital, o que a equipe médica pode fazer, eles fazem. Temos todo o apoio necessário”, comentou.
Humanização – Para comemorar o segundo ano de atividades do hospital, a direção do Oncológico Infantil Octávio Lobo lançou a nova identidade visual da instituição, que agora será representada pelos “Super-maninhos”, um grupo de super-heróis que tem como missão principal proteger as crianças atendidas na unidade e que trazem características físicas similares às das crianças que enfrentam o câncer infanto-juvenil, promovendo a fácil identificação por elas.
Para a diretora geral do hospital, Alba Muniz, o Oncológico Infantil não poderia deixar de homenagear aquelas que são o motivo da sua existência. E comenta que a comemoração une também a festa pelo Dia das Crianças como forma de projetar os resultados significativos obtidos pela instituição na defesa da saúde desses meninos e meninas. “Hoje nós não temos mais filas de espera para o atendimento. Precisamos que as pessoas, cada vez mais saibam que existe este hospital como referência e que, em caso de qualquer suspeita, nos procure o mais rápido possível, pois aqui ninguém vai encontrar fila de espera para consultas, exames ou cirurgias e muito menos para quimioterapia”, ressalta.
A humanização do atendimento é uma das diretrizes do Octavio Lobo, como lembrou a diretora. Além de tratar o câncer, a instituição desenvolve uma série de projetos voltados para o bem-estar do usuário e dos colaboradores. Exemplo disso é o Classe Hospitalar, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O Programa Prosseguir funciona na modalidade Classe Hospitalar e garante aos pacientes a continuidade no ensino Primário, Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), de forma que eles não percam o ano escolar em virtude do tratamento médico.
O professor Roberto França Junior, do projeto Classe Hospitalar, diz que uma das garantias oferecidas aos pacientes é o direito à educação, de forma lúdica e humanizada. “Aqui nós contamos com espaço apropriado para o atendimento dessas crianças. Além de um direito, a educação é um instrumento importante no processo de recuperação desses pacientes, que têm a chance de seguir o ano escolar mesmo estando internados, e ainda por cima encontram um atendimento especializado, feito por professores que, junto com o conhecimento, trazem muito carinho e força para estas crianças”, explica.
Cerca de 40 alunos estão matriculados, entre eles, estão pacientes internados no hospital e também aqueles que estão em fase de tratamento como, quimioterapia e consultas regulares. O atendimento é feito de três maneiras: na sala de aula, que fica dentro do hospital; no leito, quando o paciente está impossibilitado de ir até a sala de aula; e domiciliar, quando há restrições médicas.
Para o secretário de Estado de Saúde Pública, Victor Mateus, com a implantação do Hospital Oncológico Infantil Octavio Lobo o estado conseguiu triplicar o atendimento com mais consulta e mais crianças atendidas. “Temos uma satisfação enorme, de missão cumprida mesmo. Hoje, todas as crianças que apresentam alguma suspeita em relação ao câncer infantil são atendidas no hospital com dignidade, com acolhimento e humanização em igualdade com os melhores hospitais do País”, disse
