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Musicoterapia leva conforto emocional aos pacientes do Hospital Galileu

A unidade utiliza a música para criar vínculos, acolher pacientes e tornar o ambiente hospitalar mais humano

Por Governo do Pará (SECOM)
19/12/2025 17h32

Internada no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém, a dona de casa Maria Adelina, 54 anos, sentiu a rotina mudar de tom ao ouvir as notas suaves de um saxofone ecoando pelos corredores da unidade. A música quebrou o silêncio dos leitos e marcou a presença do projeto “Musicoterapia”, iniciativa que oferece acolhimento aos pacientes.  

“Precisei vir para o hospital para fazer uma cirurgia ortopédica e a gente acaba ficando muito ansiosa, fragilizada, longe de casa e da família. Quando a música começou a tocar, senti tudo ficar mais calmo. O coração desacelerou, a cabeça descansou e o medo diminuiu. Foi um momento que me trouxe paz e esperança”, relatou Maria, emocionada.

Outro paciente que viveu a mesma experiência foi o pedreiro Denílson Oliveira, 44 anos. Após sofrer um acidente de trabalho, ele foi encaminhado ao Galileu para realizar uma cirurgia ortopédica. “A gente chega aqui, preocupado com a cirurgia e com o futuro. Quando ouvi a música, me emocionei, porque naquele momento esqueci a dor e a preocupação. Foi uma força para continuar e acreditar que tudo vai dar certo”, relatou. 

Na unidade de média e alta complexidade do Governo do Pará, gerenciada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o projeto leva conforto emocional aos pacientes, mostrando que o cuidado vai além dos procedimentos clínicos e cirúrgicos.

Voluntariado

As notas musicais que transformaram o ambiente hospitalar do Galileu foram conduzidas pelo músico voluntário Geovany Monteiro, militar, 45 anos, que dedica parte do seu tempo a levar música aos hospitais públicos da capital. Com o saxofone em mãos, ele percorre corredores oferecendo mais do que melodias: entrega esperança e escuta. 

“Esse trabalho nasce do desejo de ajudar. A música tem um poder muito grande de acalmar, de trazer esperança e de contribuir para a recuperação dos pacientes. Quando a gente vê a emoção no olhar de quem está internado, entende que vale a pena”, destacou. 

A enfermeira Anny Segóvia, coordenadora do setor de Humanização do HPEG, explica que a música chega onde muitas vezes o tratamento técnico não alcança. Em um hospital de média e alta complexidade, ela ajuda a suavizar a ansiedade e a solidão da internação. 

“A musicoterapia acolhe o paciente no momento em que ele está mais vulnerável. Ela acalma, conforta e cria uma conexão emocional que faz diferença no cuidado. Quando o paciente se sente acolhido, todo o processo de recuperação se torna mais leve”, afirmou.

Para o diretor interino executivo, Alexandre Reis, a iniciativa reforça o compromisso do hospital com um cuidado mais próximo e acolhedor. “Entendemos que o paciente não é só um diagnóstico. Ele chega com medo, expectativas e histórias. A musicoterapia ajuda a aproximar, a acolher e a transformar o ambiente hospitalar em um espaço mais humano, onde o cuidado também passa pela escuta e pelo afeto”, ressaltou.

Estrutura
O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) atua como unidade de média e alta complexidade, com 104 leitos de internação, e é referência em trauma ortopédico e reconstrução óssea. A unidade oferece o Serviço de Alongamento e Reconstrução Óssea, além de realizar cirurgias de traqueia e urológicas, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.