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Pará participa do lançamento do programa Amazônia Conectada

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/07/2015 17h47

A Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Pará (Prodepa) participou nesta quinta-feira (16) do lançamento oficial do Amazônia Conectada, programa interagências que usará os leitos dos rios da bacia amazônica para a instalação de uma rede de fibra ótica, com a meta de levar banda larga a 52 municípios do interior. A cerimônia ocorreu Manaus e teve a presença de ministros, militares, do presidente da Telebrás, Jorge Bittar, do governador do Amazonas, José Melo, além do presidente da Prodepa, Theo Pires.

Pelo projeto, serão criadas cinco infovias alcançando municípios das calhas dos rios Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira. O Amazônia Conectada é resultado da atuação conjunta do Exército Brasileiro, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Companhia de Processamento de Dados do Amazonas S. A. (Prodam), Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipaam). As entidades se uniram com o objetivo de levar conectividade inicialmente para organizações militares, instituições de educação e pesquisa, órgãos públicos estaduais e para atendimento à população do interior do Amazonas.

O programa pretende instalar cabos subfluviais de fibras óticas em cerca de 7,5 mil quilômetros nos leitos dos principais rios da Amazônia. Com ela, a região usufruirá de uma série de serviços de rede de dados, como internet banda larga, telemedicina, ensino a distância, e diversas outras aplicações na área de saúde, segurança pública, trânsito e turismo. Além disso, estão previstas melhorias nas comunicações militares na fronteira, com ganhos para a defesa nacional. "Já imaginamos as telessalas espalhadas por esse Amazonas todo. Este projeto não é mais do Exército brasileiro, é da nação brasileira pela importância que ele tem, nessa Amazônia que é também de todos os brasileiros", disse o governador José Melo. 

A estimativa é que R$ 1 bilhão seja necessário para as obras de conexão nos cinco trechos. Além da infraestrutura, o projeto também pretende criar unidades para gerenciar o funcionamento e as emergências e incentivar a formação de pessoal especializado para a área. Em um primeiro momento, a internet chegará às unidades do Exército, governo estadual, municipal e federal, o que vai melhorar a prestação de serviços e a segurança de dados nacionais. Hoje, toda a internet nessas cidades é via-satélite, o que é mais caro e de baixa qualidade.

O Governo do Pará tem todo interesse em garantir que o projeto Amazônia Conectada chegue ao Pará. "Com o projeto chegando ao Pará, o objetivo é seguir os passos de Pedro Teixeira e Rondon, integrando com fibra ótica, através dos nossos rios, a população dos nossos municípios ribeirinhos do interior, a que mais precisa dos benefícios que a tecnologia pode representar nas suas vidas", disse Theo Pires.

Além de novos investimentos, o projeto também vai se integrar a estruturas já existentes. O gasoduto Coari-Manaus é um exemplo. Além disso, o governo estadual finaliza tratativas com a Telebrás para atender com internet as cidades na área de abrangência do Linhão de Tucuruí, beneficiando municípios da calha do rio Amazonas. Outros seis municípios serão contemplados com recursos do programa Cidades Digitais, do Ministério das Comunicações. O Exército também planeja compartilhar as redes que possui em Tefé, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Humaitá e Barcelos.