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Seap Pará completa nove fases seguidas da “Operação Mute” sem encontrar celulares ou ilícitos

Resultado reforça o domínio operacional do Estado sobre o ambiente prisional. Sem apreensões de celulares ou itens ilícitos, o Estado mantém desempenho que o diferencia no cenário nacional

Por Márcio Sousa (SEAP)
28/11/2025 14h38

A 9ª fase da Operação Mute consolidou mais um capítulo do controle exercido pelo Estado no sistema prisional paraense. Repetindo o desempenho das oito etapas anteriores, desde o início da força-tarefa nacional em outubro de 2023, o Pará voltou a apresentar resultado positivo, pelo nona vez consecutiva, nenhuma das 54 unidades penais registrou apreensões de celulares, drogas ou qualquer material ilícito, um cenário que mantém o Estado em posição de destaque em relação aos demais estados brasileiros.

A fase foi concluída na noite desta quinta-feira (27), após ações simultâneas em 10 unidades da Região Metropolitana de Belém, sob coordenação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e em alinhamento às diretrizes da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Mais uma vez, o Estado fechou a operação sem qualquer registro de ilícitos.

Com foco no enfrentamento às organizações criminosas que atuam dentro e fora das unidades penais brasileiras, a Operação Mute busca neutralizar o uso de celulares irregulares e outros itens proibidos que alimentam atividades criminosas nas grandes cidades. A ausência dessas apreensões representa impacto direto na segurança pública.

Entre os dias 24 e 27, 54 unidades do Estado passaram pelo procedimento de revista. No Pará, o primeiro dia foi concentrado no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, com participação das forças de elite da Seap, GAP, Cope e GBR, além dos policiais penais das unidades.

Coordenador da 9ª edição da operação no Pará, o secretário adjunto de Gestão Operacional (Sago), Ringo Alex Rayol Frias, destacou a escolha estratégica pela revista noturna.

“É alternar o horário desse controle para demonstrar, primeiro, que o ambiente carcerário é território exclusivo do Estado. E a gente adentra esse ambiente carcerário a qualquer hora e a qualquer tempo. Isso também é uma forma de chamar a atenção do preso quanto da licitude que não pode se permitir dentro dos ambientes carcerários e que a gente adentra esse ambiente a qualquer horário”, afirmou.

Ele reforçou também os impactos diretos da operação. “Isso traz como consequência imediata, primeiro, a paz social e a garantia da ordem pública dentro dos ambientes carcerários e a tranquilidade para que os nossos policiais penais possam desempenhar suas atividades. E mais uma vez a gente teve o sucesso pela nona edição, não foi encontrado até o presente momento, nenhum material ilícito, nenhum celular, nenhuma comunicação móvel de dentro das unidades prisionais com o mundo exterior, isso aqui é um sucesso e a gente vai sempre estar avançando, melhorando ainda mais”, ressaltou.

A Corregedoria da Seap também acompanhou as ações. O corregedor do interior, Carlos Cavalcante, explicou a importância da atuação preventiva do órgão.

“Toda a ação do Estado é um ato administrativo e ela deve ser controlada. E a presença da Corregedoria é justamente para fazer esse controle de legalidade, para que não haja nenhum tipo de excesso, para que o procedimento seja respeitado, para que seja preservada a integridade física, psicológica e moral dos internos, e a liberdade também. E é assim que a Corregedoria trabalha nessas ações, de forma preventiva, auxiliando em eventuais registros de ocorrência que porventura possam vir a ocorrer durante a operação, auxiliando com a técnica a unidade prisional e a polícia penal e a Seap”, esclareceu.

No Cope, o Capitão QOPM Ismael Alcântara destacou o impacto psicológico e operacional da revista fora do horário habitual. “A semi-noturna foge da normalidade, até na cabeça do próprio interno, ele está acostumado que a revista seja realizada durante o dia. Sendo à noite, se havia algum tipo de organização, seja para quebra da ordem, seja para qualquer tipo de situação que fuja do protocolo de segurança, a gente com certeza vai conseguir evitar através da revista que está sendo realizada. E se houver qualquer situação em que haja necessidade de agir, as tropas estarão prontas para que o Estado se faça presente e se faça forte, como deve ser feito para a manutenção da ordem”, frisou.

O comandante do GBR, policial penal Richard Leão, ressaltou o alinhamento das equipes no esforço de fiscalização. “A gente está dividindo esses policiais na região metropolitana interna e em diferentes guarnições e o objetivo mais uma vez é identificar possíveis aparelhos telefônicos nas unidades prisionais e essa é a nona fase da operação multi e dessa vez o referencial a gente está fazendo ela no período noturno, que é para inclusive eliminar qualquer chance de que exista um aparelho telefônico nas unidades prisionais e até agora o mandamento da missão tem sido muito positivo, nenhum aparelho telefônico encontrado”, informou.

Representando o GAP, o policial penal Marques reforçou o reconhecimento nacional do modelo de controle adotado no Estado. “A gente está vindo ao terceiro dia de revista desta nona fase da operação Mute. E uma revista feita à noite só demonstra o controle do cárcere onde o estado tem. Então, o Estado do Pará é um Estado reconhecido nacionalmente como um dos melhores controles que tem do cárcere privado. É claro, respeitando os direitos humanos”, finalizou.

Nacional – De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), as comunicações proibidas configuram um problema nacional, com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. As ações de enfrentamento às comunicações proibidas no sistema prisional nacional influenciam diretamente na diminuição dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI).

Ainda de acordo com a Senappen, somadas, as oito fases da operação retiraram 6.924 celulares usados para comunicação ilícita no interior dos presídios do país. O número de policiais penais envolvidos na operação também chama a atenção: somadas, as oito fases contaram com a participação de mais de 30 mil policiais penais.