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Santa Casa oferece atendimento humanizado e suporte de alta tecnologia a recém-nascidos prematuros e de baixo peso

Serviços de neonatologia e o Método Canguru garantem atenção integral a recém-nascidos de alto risco

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
18/11/2025 16h38

Quem vê a pequena Maria Virgínia nos braços do pai, comemorando com a família os oito anos da irmã mais velha, não imagina que a garotinha, hoje pesando três quilos e 456 gramas, nasceu com apenas 588 gramas, quando faltavam mais de dez semanas da data prevista para o seu parto, considerada uma prematura extrema.

“Ela ficou na UTI mais de dois meses e, depois, mais de 20 dias na Unidade de Cuidados Intermediários, sendo que seis dias foram na Unidade Canguru”, contou a mãe, Marina Chaves que esta semana pode comemorar mais uma evolução da filha. “Ela iniciou sua tomada de banhos todos os dias, mas ainda não estamos recebendo visitas. Seu quadro vacinal está em dia, assim como suas consultas”, completa Marina.

Todo o cuidado citado pela mãe de Maria Virgínia foi iniciado desde o nascimento da menina e se manteve por todo o período de internação na Santa Casa, onde ela e os pais contaram com o apoio de uma equipe multiprofissional que os assistiu e orientou com base no que é preconizado pela Política de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido Método Canguru, que vai além da posição pela qual ficou conhecida, explica a pediatra da Santa Casa Vilma Hutim, especialista e tutora do método.

“Popularmente conhecida apenas como Método Canguru, a Política de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido - Método Canguru estabelece uma linha de cuidados que começa com a identificação do risco gestacional durante o pré-natal na Unidade Básica de Saúde, prossegue com o pré-natal especializado e, após o nascimento, monitora o progresso do bebê no serviço de neonatologia, seja em unidade neonatal ou em alojamento conjunto. Esse cuidado continua no domicílio e, se necessário, o bebê é acompanhado pelo ambulatório especializado, mas sempre com o suporte da Unidade Básica de Saúde”, ressalta. 

A Santa Casa do Pará é a maternidade de referência no atendimento às gestantes de alto risco, que recebe grávidas que apresentam complicações de saúde e são oriundas de todas os municípios do Pará. Em 2023, foram registrados no hospital 2.303 nascimentos de bebês prematuros e/ou de baixo peso ao nascer.  

Em 2024 foram 2.225 nascimentos  e este ano, de janeiro a outubro, foram 2 mil nascimentos prematuros.

Para atender este público de gestantes e bebês de alto risco, a instituição conta com uma equipe qualificada e permanentemente treinada, equipamentos de alta tecnologia e a retaguarda de 144 leitos de neonatologia, preparados para receber as crianças que nascem na instituição ou transferidas via regulação.

“A Santa Casa é referência para os recém-nascidos que nascem prematuros ou com outro tipo de doença que leve a um grande risco de vida do neném. Para o atendimento, está preparada com os equipamentos de alta tecnologia, como as incubadoras, aparelho de fototerapia, os monitores multiparâmetros e até equipamentos específicos para atender crianças que tenham sofrido algum tipo de asfixia perinatal. E a nossa grande demanda, a maior contingência de atendimento na Santa Casa são os recém-nascidos prematuros”, detalha a neonatologista Salma Saraty, coordenadora do setor de neonatologia da Santa Casa.

Em alusão à campanha Novembro Roxo, que conscientiza a população acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo e busca sensibilizar a sociedade sobre a importância dos cuidados com os bebês prematuros e a necessidade de apoio às famílias, a Santa Casa está publicando em seu perfil @santacasapara, no Instagram, o quadro "Diz aí Especialista", que, neste mês, fala sobre o atendimento especializado ao recém-nascido de baixo peso e/ou prematuro, entre outros esclarecimentos sobre o serviço de neonatologia da instituição.