Especialistas nacionais e internacionais discutem biodiversidade em painel da Uepa
A programação integrou a agenda dedicada à discussão de estratégias que unem saberes ancestrais e científicos para o fortalecimento da justiça climática no Brasil
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) propôs e realizou, nesta segunda-feira (17), o painel “Biodiversidade e Patrimônio Biocultural”, no Pavilhão Pará, na Green Zone da COP30. Com a temática “Biodiversidade, Governança Multissetorial e Patrimônio Biocultural”, o encontro incentivou a reflexão sobre caminhos para fortalecer a implementação do Plano Clima – Biodiversidade e do Acordo de Paris, articulando a preservação ambiental com a proteção das culturas tradicionais e dos territórios.
"Eu acredito que foi um espaço interessante para debate, para a gente conhecer e ver como a nossa biodiversidade, o nosso patrimônio biocultural, está sob ameaça nesse atual cenário de mudanças climáticas. Foi um momento interessante, que a gente buscou e socializou alguns conhecimentos", informou o professor da Uepa, Iedo Souza, coordenador do painel.
Resposta - A programação também destacou a importância da governança multissetorial como mecanismo essencial para responder à emergência climática, garantindo a participação de diversos segmentos sociais e a salvaguarda do patrimônio biocultural brasileiro.
Ao longo da discussão foram apresentadas iniciativas nacionais e internacionais capazes de inspirar políticas públicas e ações colaborativas.
A mesa reuniu especialistas com atuação em diferentes campos da pesquisa e defesa socioambiental, como Edmundo de Almeida Gallo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Yohana Coñuecar Llancapani, da Red de Mujeres Originarias para la Defensa del Mar, do Chile; a professora da Uepa Eliane de Castro Coutinho; Flávio José de Lima Silva, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e Lígia Tchaicka, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).
Realizado na Sala Seringueira, no Pavilhão Pará, o painel apresentou experiências que reforçam a urgência de ações de adaptação aos efeitos adversos da emergência climática, de governança climática participativa e multinível, e de promoção da justiça climática como pilares para a proteção da biodiversidade e do patrimônio biocultural no Brasil.
