Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
PROGRAMAÇÃO
English Version

Inovação, diversidade e futuro sustentável: Tech Zone movimenta a COP30 no PCT Guamá

O evento reuniu debates sobre tecnologia, soluções para energia limpa e iniciativas para cidades inteligentes e conectividade

Por Governo do Pará (SECOM)
16/11/2025 09h56

Painéis, palestras, exposições, parcerias internacionais e atrações culturais, com foco na diversidade amazônica, marcaram a programação da Tech Zone, no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá. Foram cinco dias de evento com abordagens sobre cidades inteligentes, recursos hídricos na Amazônia, preservação ambiental e bioeconomia.

A iniciativa recebeu mais de três mil inscrições ao longo da programação. “A demanda foi muito maior do que a gente achava que seria. Os recortes que nós fizemos a cada dia, de escolher um tema planetário fazendo um recorte com a visão da Amazônia, também foram uma inovação, e a gente discutiu com todos os atores. Os governos estavam aqui, os financiadores, os empreendedores, os cientistas e a sociedade também se fez presente”, acrescentou Renato Francês, diretor técnico da Fundação Guamá, instituição que faz a gestão do complexo.

Encerramento das atividades

O evento se encerrou nesta sexta-feira (14) com destaque para a inovação, a sustentabilidade e o financiamento climático na Amazônia, reunindo pesquisadores, lideranças comunitárias, instituições financeiras e especialistas para discutir caminhos integrados de desenvolvimento sustentável.

Projetos liderados por mulheres e comunidades tradicionais ganharam visibilidade no encontro. Elizangela Pinto, líder do Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA), esteve à frente de um dos painéis. “Foi um momento super importante estar neste espaço falando do protagonismo e das lideranças femininas. Esse espaço dá visibilidade para mulheres que estão nos seus territórios fazendo a luta, na defesa da Amazônia e da alimentação saudável.”

Hayde Paixão, pesquisadora, acompanhou a apresentação do painel. “É muito forte ver o quanto a tecnologia pode estar associada à sabedoria das comunidades tradicionais, das mulheres, de quem está no dia a dia nos territórios, aliando essa tecnologia científica que às vezes parece distante dos afazeres da comunidade.”

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) apresentou um painel sobre apoio a iniciativas de inovação climática. Outra discussão tratou das perspectivas para o financiamento climático pós-COP 30, com representantes de organizações de impacto e instituições financeiras.
Para a professora Melina Natividade, que acompanhou os debates todos os dias, o momento mostrou a força da pesquisa no Pará. “A Tech Zone me chamou atenção pela diversidade de temas abordados em torno da questão ambiental. Foi muito bom conhecer o que estão desenvolvendo no estado; o evento apresentou boa parte daquilo que está sendo desenvolvido na nossa região. Para mim, foi muito importante”, declarou.

Bioeconomia e tecnologia na educação

Ao longo do evento, realizado durante a COP30 em Belém, palestras destacaram o protagonismo feminino na bioeconomia. Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) debateram o papel estratégico do setor privado na promoção de soluções tecnológicas e no estímulo à pesquisa aplicada. A Tech Zone também foi um momento para dar visibilidade ao uso da tecnologia na educação amazônica e às tecnologias para o monitoramento de áreas mineradoras.

A programação no PCT Guamá ofereceu espaço aos projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com iniciativas que fortalecem o uso sustentável dos recursos naturais e estimulam novas oportunidades econômicas. Trabalhos sobre o uso de resíduos para produção de biocarvão, reaproveitamento de resíduos e monitoramento da bioeconomia também ganharam destaque. “A gente apresentou o Observatório da Bioeconomia, que é uma ação com o objetivo de integrar as informações de diferentes secretarias e fornecer ao governo e gestores dados para tomarem decisões no contexto da bioeconomia no estado”, acrescentou Rommel Ramos, pesquisador.

Thiago Almeida, especialista em inovação, acompanhou os debates no PCT Guamá. “O Norte como um todo está bem avançado nas pesquisas, desde crédito de carbono até inovações para melhorar o descarte e transformá-lo em energia. É a transformação do lixo em recursos para a região, o que impacta diretamente a questão ambiental”, comentou.

O processo de extração supercrítica para obtenção de açaí em pó sem gordura e azeite de açaí fez parte das apresentações da Tech Zone, além de um meetup com lideranças do ecossistema de inovação. O debate destacou a importância da colaboração entre empreendedores, pesquisadores e instituições na consolidação de um desenvolvimento sustentável e competitivo da Amazônia.

Cidades inteligentes e conectividade

Experiências de integração entre tecnologia e desenvolvimento local, monitoramento da Amazônia por satélite, o uso de novas tecnologias de observação espacial e soluções voltadas ao uso sustentável das águas na região amazônica foram assuntos abordados na Tech Zone. Outro destaque dentro da programação tratou de cidades inteligentes e conectividade, reunindo iniciativas com uso de inteligência artificial.

A Tech Zone foi uma realização do PCT Guamá; da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet); da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa); da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa); e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

Texto de Kelvyn gomes (PCT)