Durante COP 30, PCPA participa de programações sobre a atuação da segurança pública na preservação ambiental
Eventos destacaram a complexidade da região e atuação conjunta para o combate de ilícitos ambientais
Nesta sexta-feira (14), a Polícia Civil do Estado do Pará participou de duas programações na 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorre em Belém. Os eventos foram voltados para a atuação e desafios da segurança pública na preservação ambiental.
Durante a participação de um painel no Estande da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), o Delegado-Geral da Polícia Civil do Pará falou sobre os desafios e as oportunidades que surgem quando segurança pública e inovação verde são unidos.
“É necessário que se faça uma reflexão sobre como nossas instituições podem ser protagonistas na transição para um modelo de atuação mais sustentável, eficiente e conectado com os valores ambientais que esta conferência representa. A Amazônia, nosso lar, é palco de conflitos ambientais complexos, mas também de soluções criativas. A Polícia Civil do Pará busca integrar tecnologias limpas, inteligência artificial e parcerias estratégicas para combater crimes ambientais, proteger comunidades vulneráveis e reduzir nossa própria pegada ecológica. Sem contar que nossa atuação vai além da repressão ao crime. Ela se alinha à promoção da justiça social, da proteção ambiental e da governança responsável”, explicou Raimundo Benassuly, gestor da PCPA.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, Sérgio Neves, e do Corpo de Bombeiros Militar, Jayme Benjó, também integraram a roda de conversa para discutir o papel das forças de segurança no desenvolvimento sustentável tecnológico.
Na parte da tarde, a Polícia Civil, através da Diretoria da Academia de Polícia (Acadepol) e do programa Brasil M.A.I.S, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), apresentaram o painel “Boas práticas policiais na preservação da Amazônia: força-tarefa Amazônia Segura no Âmbito da Polícia Civil do Pará”. O evento ocorreu na Green Zone e foi aberto ao público, com objetivo de dialogar sobre o papel da segurança pública paraense no enfrentamento direto no desmatamento da Amazônia.
Entre os temas abordados, foram incluídos a importância da produção científica, midiática e tecnológica na atuação ativa ao combate de ilícitos ambientais. A delegada Daniela Oliveira, diretora da Acadepol e mediadora do painel, destacou a importância do diálogo aberto e planejamento técnico e operacional para a preservação do meio ambiente no Pará. “Hoje, a Polícia Civil participou de dois painéis, que estão ocorrendo na COP 30, apresentando boas práticas policiais, trazendo como uma boa prática a Força-tarefa Amazônia Segura, dando como exemplo a operação ‘Triunfo da Amazônia’, realizada em 2023. Na oportunidade, falamos sobre as técnicas e metodologias investigativas que são utilizadas, principalmente a partir dos recursos tecnológicos disponibilizados pelo Ministério da Justiça, que dão essa agilidade e consistência na produção de provas e que levam a responsabilização dos autores do desmatamento na Amazônia”, explicou a delegada.
Atuação contínua - Os participantes do painel incluíram o delegado Iuri Castro e o investigador Sandrison Ribeiro, que abordaram a Força-tarefa Amazônia Segura, vinculada à “Operação Curupira”, voltada para o combate e desarticulação de crimes ambientais como desmatamento e garimpo ilegal na região amazônica. O momento também abordou o êxito da operação “Triunfo da Amazônia”, deflagrada em 2023, que prendeu um homem apontado como o maior devastador da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, situada no município de São Félix do Xingu.
Luana Oliveira, coordenadora de operações da empresa que administra o georreferenciamento da plataforma Brasil M.A.I.S, que auxilia com o monitoramento remoto em alta resolução do território nacional, destacou a importância da parceria e o uso de novas tecnologias pelos agentes de segurança.
A programação também contou com a delegada Juliana do Rosário, mestra e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública da Universidade Federal do Pará, que abordou o impacto das investigações por crimes ambientais através da perspectiva acadêmica, ressaltando os resultados positivos da união das forças de segurança com a pesquisa acadêmica.
Texto: Esther Pinheiro com colaboração de Jeniffer Terra, Ascom PC.
