Teatro Margarida Schivasappa recebe encontro do ‘Grupo de Mulheres do Brasil’ na COP30
O evento reuniu diversas autoridades para discutir sobre o protagonismo feminino na agenda climática
O Teatro Margarida Schivasappa, em Belém, sediou, na manhã desta sexta-feira (14), o encontro do "Grupo Mulheres do Brasil" durante a programação da COP30. O evento, dedicado ao debate sobre empoderamento feminino e protagonismo na agenda climática, reuniu a presidente do grupo, Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza); a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a secretária de Estado de Cultura do Pará, Ursula Vidal, além de diversas lideranças femininas de todo o País.
Criado em 2013 por 40 mulheres empenhadas em mobilizar a sociedade por melhorias para o Brasil, o "Grupo Mulheres do Brasil" tem como missão estimular a participação feminina na construção de políticas públicas e ações que reduzam desigualdades de gênero, raça e condição social. Hoje, é uma das maiores organizações de atuação voluntária no Brasil.
Durante sua fala, a empresária Luiza Helena Trajano destacou o compromisso da instituição em acompanhar os desdobramentos da COP30 e transformar debates em ações concretas. “A gente vai acompanhar e ajudar a fazer acontecer. Não queremos que daqui a dez, vinte ou trinta anos, uma nova COP repita tudo o que está sendo discutido agora. Vamos acompanhar os pilares debatidos e estar junto para ajudar a fazer. Esse é o papel do Grupo Mulheres do Brasil”, frisou.
Na plateia, a consultora de viagens Roberta Ribeiro, de 41 anos, que foi de Ananindeua especialmente para participar do encontro, ressaltou a relevância da região Norte sediar eventos como esse.
“É um momento muito importante para o nosso Estado. É a chance de mostrar a cultura paraense para o Brasil e para o mundo. Aqui vemos mulheres de diferentes áreas falando de política, profissão e empreendedorismo. Quem conduz esse movimento é uma grande empreendedora que nos inspira e nos dá segurança para mostrar quem realmente somos”, salientou.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também enfatizou o simbolismo da COP30 ser realizada na Amazônia. “O 'Grupo Mulheres do Brasil' tem uma força e uma representatividade muito grandes. Participar da COP30 é fundamental para que ninguém fique de fora desse movimento necessário para reverter os efeitos das mudanças climáticas. A COP em Belém tem uma simbologia maravilhosa. O presidente Lula foi visionário, e estamos vendo pessoas do mundo inteiro reconhecendo a importância dessa pauta para toda a humanidade”, argumentou.
A secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, reforçou o papel das mulheres amazônidas na proteção da biodiversidade e na construção de uma economia sustentável. “O encontro da COP das Mulheres já se consolida como um dos eventos mais concorridos, com mais de mil mulheres inscritas. Aqui debatemos saúde, meio ambiente, justiça climática e o protagonismo feminino nas políticas públicas. As mulheres da Amazônia — quilombolas, ribeirinhas, indígenas, agricultoras familiares — mantêm viva a biodiversidade e nos ensinam, por meio dos saberes tradicionais, a produzir progresso social de forma integrada e equilibrada com a natureza. Nosso papel é fundamental na construção de uma economia verde, sustentável, inclusiva e justa”, observou.
O evento no Teatro Margarida Schivasappa reforçou a importância de incluir a perspectiva feminina nos debates climáticos e evidenciou o protagonismo das mulheres brasileiras — especialmente as amazônidas — na defesa do meio ambiente e na promoção de justiça social.
Texto: Maurício Carvalho/ Ascom FCP
