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UEPA NA COP30
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Uepa promove debates sobre saúde, crimes ambientais e resistência amazônica na COP30

A Universidade realizou três painéis no Pavilhão Pará, na Green Zone, destacando o papel da ciência e dos saberes tradicionais no enfrentamento às mudanças climáticas.

Por Marília Jardim (UEPA)
13/11/2025 19h57

Nesta quinta-feira (13), a Universidade do Estado do Pará (Uepa) realizou uma série de painéis no Pavilhão Pará, localizado na Green Zone da COP30, reforçando o papel da ciência e do conhecimento tradicional na construção de soluções integradas para os desafios climáticos e sociais da Amazônia.

A programação começou pela manhã, com o painel “Vigilância em Saúde e Emergência Climática: Um Diálogo Intersetorial”, coordenado por Altem Pontes. A atividade destacou os impactos socioambientais que afetam a saúde das populações amazônicas e defendeu um novo modelo de desenvolvimento pautado na vigilância em saúde e em políticas de enfrentamento à crise climática. Especialistas e lideranças indígenas participaram do diálogo, que propôs caminhos coletivos para a construção de soluções sustentáveis.

“É um painel constituído por médicos, enfermeiros e a representação indígena, super interessante, com informações valiosas diante da emergência climática. A representação indígena esteve aqui e apresentou os problemas que acontecem em suas aldeias, as problemáticas que estão afetando a região de Parauapebas e o que pode ser feito, como a comunidade pode contribuir para que a gente consiga mitigar esses problemas climáticos”, explicou o professor Altem.

À tarde, o reitor da Uepa, Clay Chagas, coordenou o painel “Rede Internacional de Tráfico de Drogas e os Crimes Ambientais na Amazônia”. Ele destacou que essa "é uma discussão nossa, da nossa rede de pesquisa, e a nossa discussão de hoje é para debater como as facções criminosas e o tráfico internacional está diretamente ligado aos crimes ambientais na Amazônia, especialmente no estado do Pará".

O debate destacou a importância de ações conjuntas entre ciência, segurança e políticas públicas para conter os impactos dessas práticas criminosas sobre o meio ambiente e as comunidades locais.

Encerrando o dia, o professor João Mota Neto coordenou o painel “Saberes e Resistência: A Luta por Água Limpa e Territórios na Amazônia Profunda”, que promoveu o diálogo entre saberes científicos e tradicionais de povos indígenas e quilombolas. 

"Estamos muito contentes com esse painel. Tivemos a participação de professores da Uepa, Unitins e Uema, além de representantes quilombolas e indígenas e juntos promovemos um diálogo inter científico e intercultural, buscando alternativas para a mudança climática e incidir na COP30 com a pauta dos movimentos sociais da Amazônia. Um dos consensos da nossa mesa é que o diálogo é a peça fundamental para a busca de soluções sustentáveis para os problemas que nós enfrentamos", pontuou o coordenador do painel, João Colares.

A discussão ressaltou o papel da cultura e da educação voltadas à sustentabilidade e à justiça climática, valorizando o protagonismo das comunidades amazônicas na luta por direitos e preservação ambiental.

Maria Clara Silva, estudante, destacou que participar dos painéis promovidos pela Uepa “Foi uma experiência muito rica acompanhar essas discussões e ver a Uepa participando ativamente da COP30. As universidades têm um papel fundamental em espaços como este, porque trazem conhecimento científico e dialogam com saberes locais, mostrando que a pesquisa feita na Amazônia é essencial para pensar soluções reais para o clima e para as pessoas que vivem aqui”, destacou Maria Clara.

Com a participação em diferentes frentes temáticas, a Uepa reafirma seu compromisso com a produção de conhecimento científico e o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia.