Ideflor-Bio apresenta projetos PROSAF e Rede de Sementes na COP30
Iniciativas auxiliam no reflorestamento de áreas degradadas, além de gerar renda para agricultores familiares e extrativistas
Com o tema: “Rede de Sementes e Mudas do Pará: Inclusão Produtiva e Restauração para uma Economia da Floresta em Pé”, foi apresentado dentro da programação do Pavilhão Pará na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, nesta quarta-feira (12) os projetos Sistemas Agroflorestais (PROSAF) e Rede de Sementes do Estado do Pará, desenvolvidos pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio).
Ambas iniciativas auxiliam no reflorestamento de áreas degradadas, além de gerar renda para centenas de agricultores familiares e extrativistas, por meio do manejo de espécies frutíferas da Amazônia. Os projetos também compõem ações estratégias do Governo do Pará para o fomento da cadeia produtiva e bioeconomia no estado. O painel foi conduzido pelo analista ambiental do Ideflor-Bio, Danie Francez, que também contou com a participação de Alcilene Cardoso, representante do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Articulações - De acordo com a gerente de Contratos Florestais do Ideflor-Bio, Cíntia Soares, que foi uma das painelistas, a Rede de Sementes é fundamental para fomentar os projetos de restauração florestal no Pará. “A restauração se inicia no plantio de mudas ou de sementes. E esse projeto vem para reforçar esse trabalho da restauração por concessões florestais, desenvolvidos pelo Instituto nas quatro mesorregiões do Pará”, frisou.
Segundo a analista socioambiental do Instituto Internacional da Educação do Brasil (IEB), Deborah Pires, a Rede de Sementes conta com vários núcleos no estado, que trabalham em parceria com o Ideflor-Bio. “Considerando as dimensões continentais do Pará, a ideia é de ter vários núcleos espalhados no estado, como o nosso, localizado no Arquipélago do Marajó, e outro, localizado no Baixo Amazonas”, destacou.
Agricultura familiar em pauta - Durante o painel também foi destacado o papel da agricultura familiar, por meio do projeto PROSAF, desenvolvido pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Ideflor-Bio. De acordo com o analista ambiental do Ideflor-Bio, Antônio Campos, os sistemas agroflorestais têm papel importante tanto na recuperação de áreas degradadas, quanto na geração de renda para famílias que vivem de agricultura familiar no estado.
“O PROSAF, além de plantar floresta, planta frutíferas, e isso gera renda para o agricultor. Porque há uma diversidade de espécies frutíferas na nossa Amazônia, e essa diversidade permite que eles possam ter, durante todo o ano, fruta para tirar”, completa o especialista.
Texto: Sinval Farias com a supervisão de Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio)
