Pontos gratuitos de hidratação asseguram bem-estar em parques públicos de Belém
Equipamentos instalados no Parque Estadual do Utinga, Porto Futuro e Parque da Cidade -(Green Zone ) já evitaram o descarte de 60 mil garrafas plásticas neste ano
Quem estiver em Belém nas próximas duas semanas, quando a cidade sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), terá acesso a pontos de hidratação com água gratuita em áreas do evento e pontos turísticos. Além de facilitar o acesso à água, os equipamentos instalados pelo Governo do Pará estimulam a redução no uso e descarte de garrafas ou copos de plástico durante a Conferência.
Os pontos de hidratação estão no Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, Porto Futuro e no Parque da Cidade - na Green Zone (Zona Verde) da COP30 -, área administrada pelo Governo Federal e aberta à sociedade civil, instituições públicas e privadas, comunidades tradicionais, juventude e outras entidades não governamentais, que se reunirão para o diálogo e apresentação de projetos de tecnologia e inovação em soluções para a crise climática.
A hidratação gratuita nos principais parques públicos de Belém é realizada pelo Governo do Pará, por meio da Companhia de Saneamento (Cosanpa). O primeiro equipamento foi instalado no início do ano, no Parque do Utinga, e depois no Porto Futuro e Parque da Cidade.
Com os três pontos de hidratação, mais de 60 mil garrafas plásticas deixaram de circular nesses ambientes. A conta é feita a partir de medidores instalados nos equipamentos, considerando uma embalagem pet de 300 ml de água. “Mais do que disponibilizar água gratuita, nossos pontos de hidratação também ofertam saúde e proteção ao meio ambiente, reduzindo o uso de plástico descartável, que hoje é um dos principais poluentes presentes nas águas em todo o mundo”, reforça o presidente da Cosanpa, coronel PM Dilson Júnior.
Desafio global - Segundo estudos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 430 milhões de toneladas de plásticos são produzidos anualmente no planeta. Desse total, cerca de 11 milhões de toneladas vão parar em ecossistemas aquáticos, e a reversão desse cenário passa pelo investimento em saneamento básico, incluindo aspectos como tratamento de esgoto e destinação adequada do lixo.
Com mais de R$ 340 milhões aplicados nos primeiros oito meses do ano, a área do saneamento foi uma das que mais receberam melhorias no Pará. Os investimentos garantiram avanços em sistemas de água potável, coleta e tratamento de esgoto, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais.
Nos últimos sete anos, o Governo do Pará já realizou intervenções em 18 canais em Belém, sendo que 13 deles são legados da COP30. Entre as obras finalizadas estão os canais do Igarapé Tucunduba, Rua dos Mundurucus, Timbó, Vileta, Leal Martins, Cipriano Santos, Gentil Bittencourt e Doca (Avenida Visconde de Souza Franco). As ações também incluem intervenções nas bacias do Murutucu, Tamandaré e Una, com impacto direto na infraestrutura e no saneamento básico urbano, melhorando a qualidade de vida de mais de meio milhão de paraenses.
Outro destaque de investimento em saneamento é a conclusão da Estação de Tratamento do Una – ETE UNA, a maior já construída no Pará. A estrutura teve investimento superior a R$ 134 milhões, e foi entregue no começo de outubro, beneficiando mais de 90 mil moradores de dez bairros de Belém: Marco, São Brás, Sacramenta, Telégrafo, Pedreira, Fátima, Umarizal, Reduto, Nazaré e Campina.
Investimento histórico - Em 2025, o Pará também deu um importante passo rumo à universalização do acesso aos serviços de água e esgoto para mais de 5,3 milhões de pessoas, em 126 municípios. A concessão do saneamento nessas cidades foi realizada este ano, possibilitando investimentos superiores a R$ 20 bilhões.
A Aegea foi a vencedora das licitações, e a atuação no Estado será feita pela subsidiária Águas do Pará, que antecipou a operação e os primeiros investimentos nas redes de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba.
Com a concessão, a meta do Estado é universalizar o acesso à água tratada até 2033 em todos os blocos, além da coleta e tratamento de esgoto até 2039 nos blocos B, C e D, e até 2033 no bloco A. Os prazos atendem às diretrizes do Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020).
