Ideflor-Bio lidera número de projetos aprovados no Pavilhão Pará da COP30
Com 25 trabalhos selecionados, Instituto levará à conferência temas como bioeconomia, manejo sustentável, recuperação de áreas degradadas e gestão participativa das unidades de conservação
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) foi a instituição com o maior número de projetos aprovados entre as candidaturas de entidades públicas, privadas e do terceiro setor para compor o Pavilhão Pará, na Green Zone da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro. Com 25 trabalhos selecionados, o órgão reafirma o protagonismo do Pará na agenda ambiental global.
A lista oficial com os 342 eventos aprovados foi divulgada no último sábado (25), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), responsável pela coordenação do Pavilhão Pará. A seleção considerou a qualidade técnica, relevância temática e contribuição das propostas às políticas ambientais do Estado. O espaço terá programação diária voltada à promoção do diálogo entre governos, comunidades, setor privado e sociedade civil sobre soluções concretas para a crise climática e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
“O resultado reflete o compromisso técnico e institucional do Ideflor-Bio com a agenda ambiental do Estado e com o futuro da Amazônia. Estar presente com tantos projetos no Pavilhão Pará é uma demonstração da nossa capacidade de propor soluções concretas, integradas e baseadas na ciência e na participação social. A COP30 será uma grande vitrine para mostrar ao mundo o que o Pará vem fazendo para conservar sua biodiversidade e promover o desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.
Temáticas diversas - Entre os temas que o Ideflor-Bio levará à COP30 estão bioeconomia, restauração florestal, manejo sustentável, educação ambiental, recuperação de áreas degradadas e gestão participativa das unidades de conservação. Cada uma das diretorias técnicas do Instituto teve ao menos três trabalhos aprovados, o que demonstra a abrangência e a integração das políticas ambientais desenvolvidas pelo órgão.
Entre os projetos selecionados estão “Coworking Florestal: Integração de Concessões Madeireiras e Extrativismo Comunitário na Flota do Paru”, que propõe uma nova abordagem de uso múltiplo das florestas públicas; “Restauração Biocultural e Cadeia de Sementes Florestais: Saberes, Arte e Governança Comunitária da Floresta Viva”, que valoriza o protagonismo comunitário na restauração ecológica, e “Cotas de Proteção Ambiental (CPA): Política Pública para Impulsionar a Regularização Ambiental de Propriedades Rurais”, iniciativa pioneira que conecta conservação e regularização fundiária.
Outros destaques são os projetos “Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas no Parque Estadual do Utinga e nas Áreas Protegidas da Região Metropolitana de Belém”, símbolo da recuperação de espécies ameaçadas na Amazônia; “Vozes que Cuidam: a Força da Participação Social na Gestão das Unidades de Conservação”, que evidencia o papel das comunidades no manejo ambiental, e “Educação Ambiental no Parque Estadual do Utinga: Sensibilização e Regeneração na Metrópole Amazônica”, que mostra o poder transformador da educação para o engajamento urbano na agenda climática.
Amazônia no centro do globo - A Green Zone (Zona Verde) da COP30 é o espaço voltado à sociedade civil e à inovação, sob coordenação do país anfitrião. Nela, governos locais, organizações não governamentais (ONGs), empresas, universidades e comunidades compartilham experiências, tecnologias e projetos inspiradores. Já a Blue Zone (Zona Azul) é o espaço oficial das negociações internacionais, sob gestão da Organização das Nações Unidas (ONU), onde chefes de Estado e delegações diplomáticas definem acordos e políticas globais de mitigação das mudanças climáticas.
Para o diretor de Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, o protagonismo do Instituto na COP30 reforça o papel estratégico do Pará na conservação da floresta e na construção de soluções sustentáveis a partir do território. “As iniciativas apresentadas evidenciam como a gestão das unidades de conservação estaduais e o fortalecimento da bioeconomia de base comunitária contribuem diretamente para o alcance das metas climáticas e o bem-estar das populações locais”, destacou.
