Pacientes do Hospital da Mulher do Pará celebram o Círio com artesanato e devoção
Ação da equipe de terapia ocupacional promoveu vivência simbólica do Círio de Nazaré dentro do hospital, unindo fé, arte e reabilitação

Com o uso de adereços, fitas coloridas e muita criatividade, as pacientes internadas no Hospital da Mulher do Pará (HMPA), em Belém, participaram de uma atividade especial de confecção e enfeite de cartazes alusivos ao Círio de Nazaré, nesta sexta-feira (10). A ação foi promovida pela equipe de terapia ocupacional. Ao unir fé e reabilitação, o momento transformou o ambiente hospitalar em um espaço de acolhimento, espiritualidade e esperança.
A terapeuta ocupacional Isabel Rodrigues destacou que a proposta foi estimular o bem-estar físico e emocional das pacientes, resgatando laços afetivos e memórias por meio de atividades junto de seus acompanhantes.

“Estamos na época do Círio e, como essas pacientes estão aqui conosco hospitalizadas, queríamos trazer um pouco da rotina que elas tinham lá fora, com a família. Elas amaram. A equipe de terapia ocupacional sempre busca isso, dar significado à rotina e ao processo de reabilitação”, explicou.
A terapeuta Harumy Yamamoto acrescentou que o momento vai além da religiosidade, sendo também uma oportunidade de fortalecimento emocional e de partilha. “Esse momento de fé compartilhada, de leveza, e de conexão humana. Queremos que essas pacientes levem não só os cartazes que produziram, mas também o sorriso no rosto e o sentimento de esperança”, afirmou.

Entre as participantes, a paciente Maria Bezerra, natural de Concórdia do Pará, se emocionou ao poder vivenciar um pouco do Círio, mesmo durante o tratamento. “Eu sempre tive o sonho de vir para o Círio de Belém. Estou muito grata por estar sendo bem cuidada e por ter a oportunidade de decorar esse cartaz da Santa. Foi um momento muito especial para mim”, contou.
Já Fabiane Silveira descobriu na oficina artesanal uma nova forma de expressão e superação. “Eu nunca tinha feito um trabalho artesanal desse. Foi lindo! Gostei muito. Quando eu sair, vou levar comigo e dizer: ‘Olha, quem fez fui eu’”, disse, sorrindo.

A iniciativa reforçou o papel humanizador do cuidado prestado pelo HMPA, promovendo bem-estar e fortalecimento emocional, fatores importantes no processo de recuperação das pacientes.