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Salas de amamentação no ambiente de trabalho recebem certificação da Sespa

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/08/2015 16h01

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) fará nesta sexta-feira, 7, a certificação de 12 instituições que implantaram Salas de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta, que são espaços adequados para fazer o desmame durante o expediente de trabalho e o acondicionamento e preservação do leite coletado para continuar a alimentação do filho com leite materno. Ao ser realizada no auditório Albano Franco, da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), a partir das 8h30, a cerimônia marcará o fim da Semana de Aleitamento Materno, que em vários pontos do Estado debateu a relação entre mãe e trabalho.

As salas estão funcionando na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; Benemérita Sociedade Beneficente Portuguesa; Hospital da Ordem Terceira; Unidade Municipal de Saúde Bengui I; Maternidade Saúde da Criança; Programa Viver Bem – Estação Saúde/Unimed e Unidade Municipal de Saúde Providência; em Marituba, no Hospital Divina Providência; em Bragança, no Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria; no Hospital das Clínicas de Bragança e no Hospital Geral de Bragança. Em Breves, a sala certificada está no Hospital Regional do Marajó. A certificação aconteceu sob orientação da Sespa, via Coordenação Estadual de Saúde da Criança, e obedeceu aos protocolos previstos pela Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde. 

Essas salas são espaços dentro do local de trabalho em que a mulher, com conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao filho. O leite coletado é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia, com uma etiqueta identificando o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao seu filho na sua ausência, e também se desejar doá-lo para um Banco de Leite Humano. Trata-se de uma estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde que consiste em criar nas empresas públicas e privadas uma cultura de respeito e apoio à amamentação como forma de promover a saúde da mulher trabalhadora e do bebê.

Trabalhado em todo o mundo, o tema desse ano da Semana de Aleitamento Materno discutiu o desafio de conciliar trabalho e amamentação. No Pará, a semana é resultado de uma articulação entre os órgãos públicos e as entidades de promoção à saúde feminina com o objetivo de conscientizar o público sobre os benefícios clássicos da amamentação, incluindo o principal, que é o combate à mortalidade infantil.

Importância - O leite materno é considerado o alimento mais completo para o bebê. Nele, estão contidos todos os nutrientes necessários para o completo e correto desenvolvimento da criança. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é que os bebês recebam exclusivamente leite da mãe durante os primeiros seis meses de vida. 

Entretanto, segundo o mais recente levantamento do governo federal, feito em 2009, a média de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de apenas 54 dias — ou seja, menos de dois meses. Entre os principais motivos para isso estão a dificuldade de conciliar a dedicação ao filho e as demandas profissionais. 

Sob um olhar mais regionalizado, a campanha visa incentivar as mães a iniciar e manter a amamentação, bem como conscientizá-las sobre a importância dos Grupos de Mães (ou do Aconselhamento em Amamentação) e a participação mais efetiva da participação comunitária junto às Unidades Básicas de Saúde.