Exposição ‘Cortejo das Águas’ celebra tradição das romarias fluviais a partir da terça-feira (7)
Mostra reúne réplicas de diferentes tipos de embarcações que evidenciam a diversidade da identidade cultural do Pará

O Museu de Arte Sacra (MAS) recebe, a partir da próxima terça-feira (7), a exposição “Cortejo das Águas”. A mostra celebra a cultura paraense das romarias fluviais e apresenta ao público a tradição do artesanato feito de miriti, fibra extraída da palmeira amazônica buritizeiro.
O público vai poder apreciar réplicas de embarcações regionais feitas a partir do miriti, moldadas principalmente pelas mãos de artesãos do município de Abaetetuba, no Baixo Tocantins. As obras ficam expostas pelo período de um mês, na galeria Fidanza do museu, com visitação até o dia 5 de novembro deste ano.
A exposição abre às vésperas das festividades do Círio de Nazaré, uma das tradições mais importantes para a cultura paraense e uma das maiores celebrações religiosas do país. O mês de outubro, em Belém, é a época do ano em que os brinquedos de miriti, como são conhecidos, colorem os lugares e ganham vida, em grande variedade de formas e tamanhos, representando outros símbolos, como objetos, animais e até pessoas. Nas ruas não é difícil encontrar romeiros que acompanham as procissões carregando representações de suas promessas e milagres feitos de miriti.
Os ingressos para a exposição “Cortejo das Águas" custam R$ 4, para o público em geral, com isenção para crianças de até 12 anos e idosos com mais de 60 anos. O MAS segue o cronograma padrão dos museus, com entrada franca para todos os públicos às terças-feiras e domingos, conforme estabelecido pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). A regra vale para os espaços que integram o Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM).
As réplicas das embarcações expostas pertencem ao acervo do Museu do Círio e reúnem os mais variados formatos e tipos de barcos produzidos nas diferentes regiões do estado. O diretor do MAS, Emanuel Franco, explica que a exposição celebra a tradição das romarias fluviais, que marca o período do Círio, em Belém, e que ocorre durante todo o ano em outros municípios paraenses.
“O que a gente propõe é dar ênfase a essas romarias fluviais, que são típicas da nossa região e do Círio, mas que não ocorrem só nesse período, porque tem outros municípios que também possuem romarias fluviais em outros momentos”, explica o porta-voz do museu.
Emanuel Franco observa que olhar para os rios foi uma escolha proposital, pensada para lembrar do papel que eles desempenham na cultura e nas tradições dos paraenses. “A gente precisa valorizar nossa cultura em várias instâncias e essas são maneiras de a gente mostrar essa vastidão, porque olhar para o rio agora é valorização também”, afirma Franco. Nos painéis onde as embarcações de miriti ficarão expostas, também haverá representações dos rios que atravessam o território estadual.
“Quando o público entrar na exposição, vai se surpreender primeiro com o acervo, que é um acervo significativo, nesse contexto dos objetos de miriti, essa coisa histórica e cultural que o Museu do Círio possui. E depois, esses barquinhos de miriti vão mostrar vários formatos, que vão do maior ao menor, então isso vai dar uma noção da diversidade cultural dentro do estado”, diz o diretor do museu sobre a sua expectativa com a nova mostra.
Serviço
Local: Museu de Arte Sacra | Galeria Fidanza
Período: 07 de outubro a 05 de novembro de 2025
Horário: Terça-feira a Domingo das 9h às 17h
Tema: Cortejo das Águas
Realização: Museu de Arte Sacra / Museu do Círio / Sistema Integrado de Museus/ SECULT/ Governo do Estado do Pará.
Texto de Maycon Marte / ASCOM Secult