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Lideranças femininas debatem justiça climática em Bragança

As mulheres são as mais afetadas pela crise climática e, ao mesmo tempo, estão na linha de frente da resistência

Por Governo do Pará (SECOM)
25/09/2025 13h16

Bragança sediou o Encontro Vozes Femininas no Território – Justiça Climática, Bioeconomia e Economia Azul, promovido pela Secretaria de Estado das Mulheres (Semu). O evento, realizado na última terça-feira, reuniu representantes de comunidades tradicionais, marisqueiras, agricultoras, professoras e lideranças locais para discutir os impactos das mudanças climáticas e propor soluções coletivas para a Amazônia.

As mulheres são as mais afetadas pela crise climática. Além de conciliar o cuidado da família com a busca pelo sustento, dependem diretamente do território para garantir a sobrevivência. No cotidiano, lidam com a escassez de peixe, alteração das safras, calor extremo, estiagem dos rios e a força das marés. Ao mesmo tempo, estão na linha de frente da resistência, transformando saberes tradicionais em alternativas de sobrevivência e defesa do território.

O encontro faz parte da estratégia do Governo do Pará, por meio da Semu, de fortalecer lideranças femininas em justiça climática e bioeconomia, abrindo novas oportunidades dentro das comunidades e oferecendo apoio às mulheres que já produzem, mas ainda carecem de estrutura para expandir seus projetos, fortalecendo o protagonismo feminino e a economia local.

Durante a abertura, a secretária de Estado das Mulheres, Paula Gomes, ressaltou a urgência da pauta: “Estamos aqui em Bragança, nessa construção tão importante, falando de justiça climática. As mulheres são as que mais sofrem: enfrentam a dupla e até tripla jornada, a violência, a seca e, muitas vezes, precisam percorrer longas distâncias em busca de água. O que precisam agora são oportunidades, apoio e políticas públicas que fortaleçam suas ações e transformem seus saberes em soluções coletivas para suas comunidades.”

A programação contou com palestra da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e grupos de trabalho, onde as participantes compartilharam desafios de seus territórios e apresentaram experiências e propostas conjuntas. Essas contribuições servirão de base para projetos alinhados às diretrizes da política estadual de mudanças climáticas, bioeconomia e territórios sustentáveis.

Para Lidiane Amorim, marisqueira da ilha de Ajuruteua, o apoio institucional é fundamental: “A Secretaria de Estado está de parabéns por esse incentivo e empenho. Essa ajuda nos fortalece para crescer e alcançar nossos objetivos e projetos.”

A professora Neci de Carvalho destacou a importância do espaço de diálogo: “Esse evento foi fundamental para que as mulheres pudessem falar de suas dores e buscar soluções para seus problemas. A Secretaria da Mulher atua como ponte entre as mulheres das reservas marinhas e o Governo do Estado.”

O Encontro Vozes Femininas no Território – Justiça Climática, Bioeconomia e Economia Azul reafirma o protagonismo das mulheres na defesa da Amazônia. A Semu fortalece lideranças que, no dia a dia, transformam saberes tradicionais em ações concretas de cuidado com o meio ambiente, preservação dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável das comunidades. Mulheres que cuidam da terra, da água e da vida, mostrando que a verdadeira mudança começa em cada território.

Texto: Gabryella Pompeu (Ascom/Semu)