Hospital Galileu reforça a importância da doação de órgãos e tecidos no Setembro Verde
Enxertos ósseos e outros tecidos ortopédicos transformam vidas; a CIHDOTT atua na conscientização de pacientes, familiares e profissionais de saúde

O Setembro Verde chama atenção para a doação de órgãos e tecidos em todo o país, destacando a importância de informar a população sobre o tema. No Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) reforça essa conscientização, especialmente na ortopedia, onde enxertos ósseos são utilizados em cirurgias de reconstrução e tratamentos de trauma.
"A CIHDOTT atua de forma organizada no hospital, identificando potenciais doadores, promovendo ações educativas com profissionais de saúde e orientando familiares sobre a importância da doação. Nossa principal missão é viabilizar o processo de doação de órgãos e tecidos com ética, segurança e transparência, garantindo qualidade e respeito à decisão da família", explica Amanda Roberta, vice-presidente da comissão.
O Setembro Verde é um movimento nacional de conscientização que busca ampliar o conhecimento da população sobre a doação de órgãos e tecidos, reduzir preconceitos e estimular que as pessoas conversem com suas famílias sobre o desejo de serem doadoras.
"Na ortopedia, é possível doar ossos, tendões, meniscos, fáscia e cartilagem. Esses tecidos são fundamentais para procedimentos de reconstrução, cirurgias de trauma e casos oncológicos", detalha Amanda Roberta.
Entre os desafios na conscientização da sociedade, ela destaca a falta de informação correta, o medo de manipulação do corpo, tabus culturais ou religiosos e a ausência de diálogo familiar sobre o desejo de doar.
"O enxerto ósseo pode devolver qualidade de vida, reduzindo dor, permitindo a recuperação de funções motoras e evitando amputações. Ele possibilita que pacientes retornem a atividades cotidianas com mais autonomia e segurança", afirma Amanda Roberta.
Para apoiar famílias no processo de autorização para doação, a comissão realiza uma abordagem humanizada, oferecendo informações claras, respeitando o momento de luto e esclarecendo dúvidas. "Nosso objetivo é mostrar que a decisão pela doação pode transformar vidas", conclui a vice-presidente do CIHDOTT.
O Hospital Galileu reforça o convite à sociedade para refletir sobre a doação de órgãos e tecidos, lembrando que informação, diálogo e solidariedade podem salvar vidas e promover qualidade de vida a quem mais precisa.
Para que esse processo de doação se inicie é necessário que o doador tenha informado seus familiares sobre a vontade de integrar essa ação de solidariedade. Dentre os órgãos que podem ser doados estão o coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino. Já os tecidos são as córneas, pele, ossos e vasos sanguíneos.
Perfil - A unidade, localizada na Avenida Mário Covas, é gerenciada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
O Hospital Galileu dispõe de 104 leitos de internação e mantém o serviço de ortopedia, reconstrução e alongamento ósseo, cirurgias de traqueia e urológica, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.
Texto de Roberta Paraense