Sespa participa do I Seminário da Associação Brasileira de Alzheimer no Pará, com profissionais da saúde e sociedade civil
O evento contou com a participação ativa de líderes das esferas pública e privada

A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) participa do “I Seminário Nacional Envelhecimento, Sustentabilidade, Mudanças Climáticas, Demências, Saberes Tradicionais e Ancestralidade: Uma Perspectiva Intergeracional", realizado nos dias 11 e 12 de setembro, em Belém. O evento é uma iniciativa da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), em parceria com o Ministério da Saúde, governo do Pará, entre outras entidades. Reúne profissionais da saúde, pesquisadores, gestores públicos e representantes de comunidades tradicionais.
Sob o tema central “A Amazônia como ponto de encontro entre tradição, ciência e cuidado intergeracional”, o seminário abriu um espaço de diálogo e construção coletiva. A secretária adjunta de Saúde do Pará, Heloisa Guimarães, durante a mesa redonda sobre “Ações e Estratégias da Saúde da Pessoa Idosa visando a Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas de 2025”, destacou a importância da atenção à saúde dos povos tradicionais que protegem e cuidam da floresta. “Quilombolas, ribeirinhos, indígenas, estão na linha de frente no cuidado das nossas florestas e rios. Desenvolver estratégias de saúde que atendam suas singularidades é a chave para aumentarmos a qualidade na atenção à saúde dos povos tradicionais”, frisou a secretária.

A presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), Celene Pinheiro, ressaltou a importância da troca de saberes durante o evento. “Foi fundamental a vinda do evento da ABRAz aqui pro Estado do Pará. É muito importante que a gente tenha eventos distribuídos por todo o território nacional, que eles saiam do eixo sul-sudeste e que a gente possa trazer os conhecimentos que a gente tem na região sul-sudeste, mas que a gente venha aprender aqui, com essa diversidade. É muito gratificante estar aqui e trazer a ABRAz, estendendo seus braços para a região Norte e sendo abraçada também”, afirmou a presidente.
Durante o painel sobre Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, a coordenadora Ligia Gualberto, representante do Ministério da Saúde, observou que “é importante a gente dar um destaque para esse público, empenhar e dedicar ações específicas de políticas públicas que atendam as necessidades dessas pessoas, especialmente a população em situação de vulnerabilidade, como é necessário nesse diálogo com todas as outras políticas integradas, de assistência, de saúde”.
A união dos temas trouxe uma perspectiva ampla e importantes lideranças que contribuíram para a riqueza na troca de conhecimento. “Eu acho que é a primeira vez que a gente faz uma discussão que abrange esses temas, a ancestralidade, alterações climáticas e Alzheimer. A gente não lembra de ter visto uma discussão semelhante antes em nenhum outro evento no mundo afora. Desde a pandemia para cá, a gente tem aprendido o impacto que o nosso ambiente provoca na questão de memória e na questão de ser fator de risco para a gente acelerar o desenvolvimento de demências. Então, eu acho que é uma combinação de pessoas muito interessadas e que precisam realmente estudar bastante sobre isso para que a gente consiga, de alguma forma, ajudar essas pessoas”, concluiu Berenice Werle, Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

O evento conta com a participação ativa de líderes das esferas pública e privada, passando pelo desenvolvimento de estratégias que contemplem os povos tradicionais, população idosa e pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente aos assuntos voltados às mudanças climáticas. A troca de experiências reafirma o compromisso com o acesso e atenção à saúde de qualidade, fortalecendo também as políticas públicas de saúde no Estado.
Texto: Mariela Oliveira/ Ascom Sespa