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Seduc celebra o Dia da Amazônia com protagonismo estudantil em sustentabilidade e educação climática

Utilização de urucum, sabão ecológico, reciclagem de papel e cultivo de plantas são alguns dos projetos desenvolvidos nas escolas da rede estadual

Por Fernanda Cavalcante (SEDUC)
05/09/2025 16h01
Os alunos da rede pública estadual têm se destacado com projetos e ações inovadoras desenvolvidos dentro das aulas de Educação Ambiental

Os debates sobre meio ambiente, sustentabilidade e clima fazem parte da rotina escolar dos estudantes da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), que aprendem na prática sobre o tema e têm se destacado com projetos e ações inovadoras desenvolvidos dentro das aulas de Educação Ambiental. Por isso, no Dia da Amazônia, celebrado nesta sexta-feira (5), a gestão comemora o protagonismo e o engajamento dos estudantes na questão da preservação ambiental em todo o Estado.

No Pará, a implementação do componente curricular de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, obrigatório em todas as etapas de ensino nas escolas da rede, tornou o Estado pioneiro na garantia de uma disciplina obrigatória de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará, cuja capital sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro deste ano.

Ao longo do ano letivo, estudantes da rede estadual participam de atividades que vão além da sala de aula, envolvendo projetos de hortas comunitárias, reciclagem, oficinas de reaproveitamento de resíduos, rodas de diálogo sobre preservação e debates sobre os impactos climáticos. Um exemplo disso é a Escola Estadual de Tempo Integral Ruth dos Santos Almeida, localizada no Conjunto Maguari, em Belém, que desenvolve inúmeros projetos multidisciplinares com olhar sensível para a sustentabilidade.

Papel reciclado é um dos produtos desenvolvidos pelos alunos

Filosofia, Arte e Química são algumas disciplinas que trabalham projetos sustentáveis na unidade educacional. Entre eles estão: “Fazendo meu papel”, por meio do qual os estudantes produzem papel reciclado, embalagens, esculturas, blocos de anotações, marca páginas, objetos decorativos e utilitários; “Eco-química em ação”, em que é feita a reutilização de óleo de cozinha para a produção de sabão ecológico (barra, sabonete e detergente); cultivo de plantas, hortaliças e ervas medicinais dentro dos projetos “Jardim Medicinal”, “Horta” e “Química Verde”, que também trabalha a produção de biodefensivos, biofertilizantes e composto orgânico, além de produtos ecologicamente sustentáveis como brigadeiro saudável, creme dental, chás e velas aromáticas (base de óleo de cozinha).

“As práticas sustentáveis na escola têm gerado uma mudança significativa na consciência e nas atitudes dos alunos, que se tornaram mais responsáveis e engajados com questões ambientais. Esse impacto é refletido não só na mentalidade, mas também nos produtos desenvolvidos, como sabão ecológico, velas aromáticas e objetos de papel remodelado, todos testados e aprovados pela comunidade escolar. Essas iniciativas mostram como as práticas experimentais têm contribuído para formar cidadãos mais conscientes e comprometidos com um futuro sustentável”, destaca o professor de Química e orientador de alguns dos projetos, Arthur Silveira.

O urucum serve como base para produção diferentes tipos de materiais

Outra iniciativa que envolve os estudantes na unidade escolar é a extração de bixina, pigmento natural presente nas sementes de urucum. A prática alia ciência, cultura e tradição no ensino da Química, como explica o professor Arthur. “Trata-se de uma atividade experimental que desperta o interesse dos estudantes, conecta o conhecimento químico com a realidade cultural e incentiva reflexões sobre consumo consciente. Ao unir ciência, cultura e meio ambiente, a escola transforma o aprendizado em uma experiência significativa, reforçando o compromisso com a preservação ambiental e com a formação cidadã de seus alunos”, resume. 

Para a estudante da 1ª série do Ensino Médio, Ana Corrêa, as aulas práticas de Educação Ambiental são muito importantes. “A gente faz a reutilização dos materiais na escola, como os papelões que vêm da merenda escolar, o óleo de cozinha, que também é reutilizado nos projetos de sabão e velas aromáticas, então tudo na escola contribui para os projetos voltados para a sustentabilidade. Eu acho super importante estudar sobre isso e desenvolver na prática, porque a gente aprende coisas super legais e novas que pode levar para a nossa casa e para o nosso cotidiano”, afirmou.

Dia da Amazônia - Além do conteúdo de educação ambiental e sustentabilidade trabalhado durante todo o ano letivo, as escolas da rede também promoveram diversas programações em alusão ao Dia da Amazônia. Apresentações, exposições, palestras e atividades marcaram esta sexta-feira (5) em unidades de todo o território paraense.

Em Cotijuba, a Escola Estadual Professora Marta Conceição promoveu a exposição "Eu sou Amazônia porque..."

Uma delas foi a Escola Estadual Professora Marta Conceição, localizada na ilha de Cotijuba, em Belém, que promoveu a exposição “Eu sou Amazônia porque…” foi destaque. A produção do projeto, dentro do componente de Ciências da Natureza e Linguagem, buscou incentivar crianças, jovens e adultos a se reconhecerem como amazônidas.

Para a diretora da unidade, Lorena Saem, esse tipo de iniciativa tem impacto direto no desenvolvimento dos estudantes dentro e fora do ambiente escolar. “O projeto visa apresentar à comunidade elementos da cultura amazônica como fauna, flora, música, dança, culinária, saberes ancestrais e ciência. Abrangendo todas as turmas e turnos da escola. Os alunos demonstraram o processo de erosão que impacta diretamente nossas encostas na ilha e como o plantio e regeneração da mata ciliar podem modificar essa ação nociva pela influência das marés nas encostas. Um envolvimento contagiante de aprendizagem e protagonismo. Além da construção coletiva do ‘Mural Eu sou Amazônia porque…’, também houve uma exposição de vídeos sobre a COP 30”, frisou a gestora.