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Caravana dos Povos Indígenas segue para a Terra Indígena Mãe Maria, no sudeste do Pará

Ação será realizada nesta segunda-feira, 25, na Aldeia Akrãtikatêjê, reunindo o povo Gavião em um momento de escuta e fortalecimento dos territórios

Por Jaelta Souza (SEPI)
25/08/2025 13h34

Mais uma etapa da Caravana dos Povos Indígenas rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas

sobre Mudança do Clima (COP30) será realizada nesta segunda-feira (25). Desta vez, quem recebe a iniciativa é a Aldeia Akrãtikatêjê, na Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, sudeste do Pará. Promovido pela Secretaria Estadual dos Povos Indígenas (Sepi) e com apoio do Banpará, o encontro reunirá o povo Gavião em um momento de escuta e fortalecimento dos territórios, reforçando o compromisso do Governo do Pará com a valorização das comunidades originárias e sua preparação para a conferência climática, que será sediada em Belém.

Homologada em 1986, a Terra Indígena Mãe Maria é um território emblemático para a Amazônia e para o Brasil. Com mais de 62 mil hectares, ela abriga o povo Gavião, formado pelos grupos Parkatêjê, Kyikatêjê e Akrãtikatêjê. Guardiões de uma rica herança cultural e linguística do tronco timbira, eles mantêm vivas tradições e modos de vida que resistem há gerações.

Escuta indígena rumo à COP30 - A Caravana dos Povos Indígenas percorre as oito etnorregiões do Pará com o objetivo de promover escuta ativa, diálogo e disseminar informações sobre a COP30, ampliando a participação e a representatividade indígena. A ação também fortalece políticas públicas construídas em conjunto com as comunidades, valorizando culturas, saberes e direitos dos povos da floresta.

“A Caravana tem um papel fundamental para aproximar a COP30 das comunidades indígenas. Cada parada é uma oportunidade de escuta, diálogo e fortalecimento das lideranças, garantindo que a voz dos povos esteja presente nas decisões globais sobre o clima. Em Bom Jesus do Tocantins, teremos mais um momento histórico, com o protagonismo do povo Gavião mostrando ao mundo que a floresta é vida e precisa ser respeitada”, destacou Wiratan Sompré, secretário adjunto da Sepi.

Para a secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, cada parada do percurso é um marco para consolidar a presença indígena no centro do debate climático global. “A Caravana é um espaço de encontro e fortalecimento com os povos indígenas nos seus territórios. É por meio dessas conversas, dessas escutas vivas, que estamos preparando as comunidades paraenses para a COP30, afirmando que suas vozes, suas culturas e suas propostas devem estar no centro das decisões globais”, destacou.

A expectativa é de grande participação das lideranças e famílias da Terra Indígena Mãe Maria na conferência, que irão contribuir com propostas, reflexões e experiências para os debates em torno da justiça climática e da proteção da Amazônia.