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Uepa promove ações do Agosto Dourado em defesa da amamentação e da saúde infantil

Programação valoriza o aleitamento materno, com palestras ministradas por especialistas com foco na atenção e compromisso com a saúde das crianças

Por Diane Maués (UEPA)
18/08/2025 08h09
Paciente em consulta na Unidade Maternar no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Uepa, em Belém

Com foco no papel essencial do aleitamento materno, a Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Centro Saúde Escola do Marco (CSEM), e do projeto Saúde Digital do CCBS, promove diversas ações em alusão ao Agosto Dourado, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), de 18 a 22 de agosto, no Campus II, em Belém.

A programação une a promoção da amamentação como prática sustentável, ao compromisso da universidade com o cuidado, o ensino e a assistência. Essa iniciativa reforça o papel da mulher amazônica como guardiã da vida e evidencia a amamentação como ato de saúde e afeto.

A enfermeira Ana Lúcia Ferreira, coordenadora do CSEM, afirma que é fundamental disseminar informações sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade à comunidade acadêmica, servidores, usuários e público em geral, promovendo o incentivo a essa prática para o desenvolvimento saudável da criança.

Mâe e bebê na Unidade Maternar que mantém equipe mulltiprofissional acompanhando desde o pré-natal das mulheres

O leite materno é fundamental para o desenvolvimento do bebê e deve ser introduzido desde a primeira hora de vida. No Brasil, a campanha do Agosto Dourado foi instituída pela Lei Federal n°13.345/2017, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da amamentação, fortalecimento da rede de apoio, além de combater a desinformação sobre o assunto. A cor dourada foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e simboliza o “padrão ouro de qualidade” do leite, que é o alimento mais completo para os recém-nascidos e possui nutrição completa, fortalecendo o sistema imunológico do bebê.

De acordo com dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), publicado em 2021, a prevalência de amamentação exclusiva entre crianças menores de 6 meses no Brasil foi de 45,8%. A meta recomendada pela OMS é de 50% e o governo federal pretende atingir 70% até 2030.

Rita Dantas, enfermeira que atua há 20 anos no serviço da Unidade Maternar do CCBS, reforça a importância da amamentação para o desenvolvimento do vínculo da mãe com o recém-nascido, além do exercício da musculatura facial, que posteriormente facilita a fala adequada. A enfermeira relata que a falta do aleitamento pode afetar a saúde da criança com o risco futuro de alergias alimentares, por exemplo. 

Unidade Maternar terá ação especial no dia 28, às 14h, com nutricionistas, pediatras e terapeutas ocupacionais

Para as mulheres, os benefícios da amamentação são inúmeros, tanto a curto quanto a longo prazo. Ela ajuda na recuperação pós-parto, reduzindo o risco de hemorragias e auxiliando na perda de peso; diminui as chances de desenvolver doenças, como vários tipos de câncer (entre eles, mama, ovário e endométrio), diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, por exemplo.

Por essa razão, a Unidade Maternar trabalha com uma equipe multiprofissional e atua também como rede de apoio para as mães, orientando e acompanhando desde o pré-natal até a amamentação.

Tachiane Dourado, moradora de Mosqueiro, foi encaminhada para a Unidade Maternar, onde ela e seu bebê de 1 ano e 6 meses são assistidos por profissionais de várias áreas. Durante a fase da amamentação, ela relatou que teve dificuldades iniciais na “pega”, que foram resolvidas após orientações da equipe médica e foi essencial para o crescimento do bebê. A professora da Uepa e médica pediatra, Márcia Maciel, explica que o neurodesenvolvimento da criança é influenciado pelo aleitamento até os dois anos de idade, por isso é essencial que a mãe mantenha a amamentação exclusiva até os seis meses e a amamentação complementar pelo menos até os dois anos.

Compromisso institucional com o cuidado, ensino e a assistência
A programação organizada pelo Centro Saúde Escola e o projeto Saúde Digital, de 18 a 22 de agosto, enfatiza a importância da valorização do aleitamento materno, com palestras ministradas por especialistas que têm como foco a atenção e o compromisso com o início da vida e a saúde das novas gerações, nas modalidades online e presencial, que podem ser acessadas pelo link. 

Na próxima terça-feira, 19, às 9h, será a vez de receber o Comitê Estadual de Aleitamento Materno no auditório da Ueafto, no CCBS. A atividade contará ainda com a exibição e debate sobre o filme "TIGERS" e com uma gincana solidária entre os centros acadêmicos, que visa a arrecadação de frascos para a doação de leite materno e será aberta à comunidade acadêmica, profissionais da área e ao público em geral.

Entre os temas das palestras presenciais e onlines estão a “Amamentação Sob o Ponto de Vista Odontológico", que tem como objetivo informar a importância do aleitamento para o desenvolvimento odontológico do bebê e será ministrada pela especialista em odontopediatria, Beatriz Carrera; “O Papel do Teste da Linguinha na Promoção do Aleitamento Materno”, com a professora e odontopediatra, Leila Maués; e a "Prevenção de Alergias pelo Aleitamento" que fará a orientação de mães lactantes sobre a prevenção de alergias no período da amamentação e será apresentada pela alergista e imunologista, Vanessa Pereira. A programação completa está na Agenda da Uepa.

O CCBS realizará ainda pelo Agosto Dourado, na Unidade Maternar, no dia 28, às 14h, uma ação que incluirá a orientação das pacientes matriculadas no Centro e terá a participação de nutricionistas, pediatras e terapeutas ocupacionais.

Serviço:

O Centro Saúde Escola do Marco e a Unidade Maternar funcionam de segunda a sexta, com um conjunto de ações que visam a saúde e desenvolvimento da criança, com a oferta de serviços de pediatria, nutrição, enfermagem e demais atendimentos multiprofissionais de saúde. O Campus II fica localizado na Travessa Perebebuí, 2623, bairro do Marco, em Belém. 

Texto de Vitória Balieiro, com supervisão de Diane Maués / Ascom / Centro de Ciências Biológicas e da Saúde