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Pará realiza Conferência de Direitos da Pessoa Idosa defendendo equidade e participação

Participantes avaliaram e apresentaram propostas de políticas públicas voltadas à população idosa, considerando as especificidades regionais e culturais do Pará

Por Luana Taveira (SEASTER)
14/08/2025 15h47

Com o tema “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação”, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), realizou a 6ª Conferência Estadual de Direitos da Pessoa Idosa. O evento, que ocorreu em um hotel, no bairro de São Brás, em Belém, nos dias 13 e 14 de agosto (quarta e quinta-feira) reuniu gestores públicos, conselheiros, representantes de movimentos sociais e cidadãos de diversas regiões do Estado.

A conferência teve como principal objetivo avaliar e propor políticas públicas voltadas à população idosa, considerando as especificidades regionais e culturais do Pará. O enfrentamento à violência contra a pessoa idosa, a ampliação do acesso aos serviços de saúde e assistência social, e a criação de mais oportunidades de participação comunitária foram temas discutidos.

“É de extrema necessidade consolidar, cada vez mais, os direitos dos idosos, e garantir que eles cheguem efetivamente até quem precisa. Este evento é importante porque faz com que a sociedade civil dê mais atenção às temáticas discutidas. Com certeza, teremos muitos avanços nas pautas debatidas durante este encontro”, afirmou Miriquinho Batista, secretário-adjunto de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda.

Qualidade de vida - As decisões tomadas em encontros como este precisam ser feitas com cautela, priorizando as demandas mais urgentes, que impactam diretamente na qualidade de vida e dignidade da população idosa. Essa preocupação foi reforçada por Roseli Aparecida Nunes, assistente social que representa no encontro o município de Santana do Araguaia, no sul do Pará.

“Essas conferências servem para definir as necessidades dos nossos municípios e estabelecer quais propostas terão validade dentro do Estado. É o momento de agir com prudência e tomar decisões certas em prol de nós, idosos. Tenho 66 anos, e esta é a primeira conferência da qual participo. Fico feliz em ver que a maioria dos participantes está na mesma faixa etária que eu”, disse Roseli Nunes.

Conferência visa avançar nas políticas públicas voltadas à proteção e ao bem-estar da pessoa idosa

Contribuição - Ao final, o documento consolidado com as propostas aprovadas foi encaminhado à organização da conferência nacional. A expectativa é que as propostas discutidas em nível estadual sejam consideradas na esfera federal, contribuindo para uma política nacional mais inclusiva e efetiva no atendimento às necessidades da pessoa idosa.

“Nós devemos lutar por nossos direitos e queremos estar incluídos nas principais discussões. Estou aqui representando o município de Mãe do Rio (no nordeste paraense), e foi muito gratificante ser eleita pelo Centro de Idosos do município, que me acolheu há 30 anos. Não apenas por satisfação pessoal, mas por saber que minha presença pode ajudar muitos que não têm oportunidade de frequentar esses espaços”, declarou Roseane Eixo, enfermeira aposentada.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população paraense envelheceu significativamente nas últimas quatro décadas, representando 7,3% em 2022. Este cenário exige um olhar mais atento e humanizado para atender às novas demandas. O Estado  reforça o compromisso com o reconhecimento e a valorização de quem ajudou a construir a história e o desenvolvimento do Estado.

(Colaboração de Matheus Gomes - Ascom/Seaster)