Combate à exploração sexual no Marajó resulta em prisões e resgates
A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (20) um balanço das ações de combate à exploração sexual infantil na região de Melgaço, na Ilha do Marajó. Segundo o delegado Rodrigo Amorim, titular da delegacia do município, desde julho de 2014 até agosto deste ano, 21 pessoas foram indiciadas pelo crime e outras doze foram presas em flagrante. Ao todo, foram resgatados sete adolescentes, duas crianças e outras duas maiores de idade em situação de vulnerabilidade.
Foram feitos oito procedimentos policiais pelo crime de estupro de vulnerável; um procedimento de favorecimento à prostituição e um procedimento de divulgação de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Os dados são resultados de operações policiais de repressão ao crime na região. A mais recente delas ocorreu entre os últimos dias 14 e 16, na operação "Anjos das águas II".
Durante a ação, foram feitas diversas abordagens a embarcações que trafegavam pelo rio Tajapuru e ainda foi repassado alerta à tripulação sobre as penas aplicadas em casos de estupro de vulnerável. O trabalho de prevenção na região foi feito com informativos e durante as abordagens. O delegado explica que a Polícia Civil faz o trabalho em conjunto com outros órgãos que atuam na rede de proteção às crianças e adolescentes visando o combate à exploração sexual na região, na qual estão a Polícia Militar, Conselho Tutelar, Ministério Público, Judiciário, escolas e o hospital municipal.
Na operação "Meninas do Rio", de 2 a 3 de março do ano passado, quatro pessoas foram presas em flagrante, por exploração sexual, no interior de balsas no Rio Tajapuru. Uma criança e uma jovem de 18 anos foram resgatadas. Já em dezembro de 2014, a operação "Esquadrão da Noite I" resgatou sete adolescentes em situação de vulnerabilidade em Melgaço. Em fevereiro de 2015, na segunda parte da operação, foram resgatadas mais três adolescentes em situação de vulnerabilidade.