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No Marajó, Emater fortalece cadeia produtiva de açaí no município de Salvaterra

Grupo de Trabalho agrega esforços junto a cooperativas de produtores e parceiros institucionais para maior qualidade do produto e comercialização 

Por Ascom (Governo do Pará)
11/08/2025 12h46

Com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Salvaterra, no Marajó, famílias que trabalham com açaí estão criando estratégias para organizar a cadeia produtiva, com foco na qualidade do produto e na comercialização. 

Representantes do Governo do Pará, governo federal, prefeitura, plantadores, extrativistas, batedores e peconheiros vão se reunir, pela segunda vez, no Sítio Manoel Domingos, na Vila Monsarás, no Km 9 da rodovia PA-154, no próximo 19 de agosto. Na pauta do encontro, ações pensadas para desenvolver a cadeia produtiva do açaí. No dia 7 deste mês, houve a primeira reunião neste sentido.  

Entre as pautas urgentes intermediadas pelo Grupo de Trabalho (GT), com a participação da Emater e parceiros como Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Saab), estão a negociação justa entre produtores e peconheiros contratados por diária ou temporada e o tratamento sanitário para o caroço e a polpa do fruto. 

O chefe do escritório local da Emater em Salvaterra, o engenheiro agrônomo Orlando Lameira, especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Salvaterra, destaca: "Nosso intuito é ordenar, estruturar, sistematizar a cadeia produtiva, com foco na qualidade do produto in natura e beneficiado, e como resultado disso, abastecer primeiramente o mercado local e quem sabe os municípios vizinhos”, afirma.

 Além de visitas técnicas e de emissão de cadastros ambientais rurais (cars) e de cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs), o Osmar Lameira aponta o incentivo às cooperativas como uma das atuações incisivas da Emater: “No sentido de garantir qualidade na entrega ao consumidor final e no contexto de pesquisa científica básica e aplicada, também estamos, junto com a Uepa, realizando análises microbiológicas do fruto beneficiado nas batedeiras e, junto com Embrapa [Empresa Brasileira  de Pesquisa Agropecuária], promovendo capacitações de boas práticas”, diz. 

Mobilização 

No Sítio Manoel Domingos, sede das reuniões, Emater, Embrapa e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) estão instalando um Centro Manejaí, como iniciativa associada dos projetos Sustenta e Inova/ Bem Diverso. Com previsão de inauguração em setembro, o espaço servirá sobretudo para concentrar diálogos. 

A propriedade-referência pertence ao casal Camila, de 36 anos, e Ronildo Pacheco, de 43 anos. Só de açaí de terra firme, são mais de mil pés. A família mantém, ainda, açaizal nativo, da várzea de um braço do rio Condeixa.  

“A Emater tem colaborado conosco de jeito sólido, porque o envolvimento deles é desde a mobilização até o acompanhamento com manejo e tudo, passando pela orientação para administração do empreendimento e facilitação para que nós, produtores, entremos em consenso com os peconheiros, sobre precificação de serviços”, relata Camila. 

Grupo de Trabalho

O GT da cadeia produtiva do açaí em Salvaterra é representado por Emater, Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), Cooperativa Agropecuária e Pesca Artesanal de Monsarás (Coopapam), Cooperativa Açaí Marajoara (Coopam), Embrapa, Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Saab, Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) e Uepa.

Texto de Aline Miranda