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Profissionais da saúde recebem orientações sobre investigação de óbitos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
26/08/2015 16h46

Técnicas do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciaram em Belém, nesta quarta-feira (26), a oficina de atualização da Vigilância do Óbito, como estratégia prevista pelo Ministério da Saúde para promover a investigação e intervenção em saúde, com base nos dados da investigação com ocorrência de óbitos materno, infantil e fetal, e óbitos por causa básica mal definida. Cerca de 60 profissionais de hospitais públicos e privados do Estado participam da atividade, que segue até a sexta-feira (28), no auditório do Hemopa.

A apresentação dos trabalhos foi feita pela diretora do Departamento de Epidemiologia, Socorro Mota. Ela explicou os objetivos da iniciativa, que é de orientar e treinar os participantes para o melhor preenchimento da ficha síntese de investigação do óbito, nas mais diferentes faixas etárias. Essas informações servirão como indicadores que já abastecem o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Dessa forma, a Saúde Pública, em suas três esferas, terá mais condições de aperfeiçoar estratégias e medidas de atenção à saúde necessárias para a redução da mortalidade no Pará. A técnica Rachel Monteiro, da Vigilância Epidemiológica da Sespa, foi uma das condutoras da oficina, junto com Adriana Veras e Brena Gomes.

O treinamento ainda é composto de itens sobre a investigação do óbito materno, infantil e fetal, de acordo com as portarias ministeriais GM 1.119 e 72, que estabelecem os fluxos e prazos, para a melhoria dos registros de saúde, como a Declaração de Nascidos Vivos e a Declaração de Óbito, prontuários ambulatorial e hospitalar, entre outras particularidades da rotina hospitalar. 

A programação da oficina prosseguirá nesta quinta-feira (27), com apresentações técnicas sobre o que o vem sendo feito pela Fundação Santa Casa de Misericórdia e pelos hospitais regionais de Paragominas e Altamira, acerca das ações de vigilância (identificar, investigar, analisar e monitorar os óbitos). Um outro momento será a exposição das atividades até então executadas pelo Comitê de Mortalidade Materna Hospitalar, por meio de parecer a ser apresentado pela médica pediatra Ana Cristina Guzzo, coordenadora estadual de Saúde da Criança. O último dia do treinamento será restrito ao estudo de caso para a prática de investigação de óbito.

Segundo os sistemas de informações, em 2014 o Pará registrou 36.798 óbitos, dos quais 6.499 devido a causas externas, como acidentes e violências. No ano anterior, o número total de mortos no Estado chegou a 35.895, dos quais 6.507 devido a fatores externos.