Médico da Policlínica Metropolitana orienta sobre os cuidados em praias e balneários

É verão e as praias do Pará tornam-se destino frequente de famílias em busca de lazer. Para garantir que esse período seja aproveitado com segurança, a Policlínica Metropolitana, localizada em Belém, orienta a população sobre os principais riscos à saúde típicos dessa estação, como infecções de pele, doenças gastrointestinais e complicações causadas pela exposição ao sol. 

De acordo com o infectologista Sandro Mendes, que atua na unidade gerenciada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), as infecções mais comuns nesta época do ano são as micoses superficiais, como pano branco (pitiríase versicolor), pé de atleta (tinea pedis) e candidíase cutânea.

"Essas infecções surgem principalmente em áreas úmidas do corpo e causam coceira, vermelhidão, descamação e manchas. O contato prolongado com a areia e com água contaminada é um dos principais gatilhos", explica o médico da Poli.

Além das doenças de pele, o especialista alerta para o risco de infecções gastrointestinais decorrentes da ingestão de água contaminada, como as gastroenterites, que provocam diarreia, náuseas e vômitos, em casos mais graves, como a hepatite A, cujos sintomas incluem febre, cansaço e pele amarelada.

"O risco de contaminação é maior em praias que não possuem saneamento básico adequado, onde a água pode estar comprometida por resíduos fecais humanos ou de animais, favorecendo a transmissão de doenças", acrescenta o doutor Sandro Mendes.

Alimentos

A alimentação também requer atenção durante os dias de praia. O infectologista recomenda a preferência por alimentos preparados em casa ou adquiridos em locais que sigam boas práticas de higiene. "É fundamental evitar alimentos expostos ao calor e à poeira, bem como aqueles vendidos por ambulantes que não adotam medidas básicas de higiene", orienta.

Grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida, demandam cuidados redobrados. Segundo Sandro, nesses públicos, infecções que normalmente seriam leves podem evoluir para quadros mais graves. "Nas crianças, a pele sensível facilita o surgimento de micoses. Já os idosos estão mais propensos à desidratação em decorrência de doenças intestinais. Pacientes com doenças crônicas, como diabetes, devem manter curativos sempre secos e limpos e evitar a exposição solar intensa", reforça.

Exposição ao sol

Outro ponto destacado pelo especialista é a exposição ao sol. O médico recomenda evitar os horários de maior intensidade solar, entre 10h e 16h, e reforça a importância do uso diário de protetor solar com fator de proteção adequado, chapéus, roupas leves e óculos escuros. "A hidratação constante também é fundamental. Beber água regularmente e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas ajudam a manter o equilíbrio do organismo, especialmente entre os grupos mais suscetíveis", pontua.

A presença de animais de estimação nas praias também exige responsabilidade por parte dos tutores. O infectologista orienta que os donos recolham as fezes de seus pets, evitem que urinem e defequem na água e garantam que os animais tenham acesso à sombra e água potável fresca. Segundo ele, os pets estão sujeitos a riscos como queimaduras nas patas, desidratação, ingestão de água contaminada e exposição prolongada ao sol. "Animais com pelos claros ou muito curtos podem precisar do uso de protetores solares específicos para uso veterinário", explica.

Perfil

Com estrutura moderna e completa, a Policlínica Metropolitana se destaca pelo atendimento ambulatorial especializado. A unidade conta com 52 consultórios, 10 salas de recepção e capacidade para até 350 pessoas em espera simultaneamente. São mais de 2.500 m² de área construída, distribuídos em três pavimentos. Além de consultas médicas e multiprofissionais, oferece exames laboratoriais e de imagem. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.