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Com apoio Sedap, torneio leiteiro mostra potencial do rebanho de búfalos do Pará

A programação iniciou nesta terça-feira (1º) em oito municípios marajoaras. Propriedades localizadas em Abaetetuba e Nova Timboteua, no nordeste paraense, também participam do evento.

Por Rose Barbosa (SEDAP)
01/07/2025 21h41

Até a próxima sexta-feira (4), criadores e produtores de leite de búfalas de oito municípios do Pará participam da 10ª edição do Marajó Búfalos. A programação, que tem o apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), é uma realização da Associação Paraense de Criadores de Búfalos (APCB), e registra a participação de 15 produtores, de oito propriedades. No mesmo período ocorre a quarta edição do torneio leiteiro de Cachoeira do Arari.

As ordenhas são acompanhadas por estudantes de instituições de ensino do Pará que ofertam os cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia.

De acordo com as regras do certame, ganhará a propriedade ou concorrente que apresentar a maior quantidade de leite. O produto é medido em quilos, em balança específica. A ordenha para a retirada do leite é feita às 06h e às 18h.

Ganhará a propriedade que apresentar a maior quantidade de leite

Praticidade - O presidente da APCB, João Rocha, um dos concorrente pela propriedade Fazenda Paraíso, localizada em Cachoeira do Arari, disse que a ordenha é feita nas propriedades dos participantes, pois assim garante a segurança do animal, sem precisar deslocá-lo, como ocorria antes.

João Rocha: torneio é estímulo à bubalinocultura no Pará

Segundo João Rocha, o Torneio, mais uma vez, está cumprindo seu objetivo, que é valorizar e incentivar a produção bubalina, sobretudo a produção leiteira. “Temos o surgimento de novos laticínios no Estado, como no município de Castanhal (Região Metropolitana de Belém), e aqui na nossa região de Cachoeira do Arari, onde se instalou recentemente mais um laticínio, mostrando esse crescimento e a potencialidade da bubalinocultura e dos derivados de leite de búfalas”, informou.

Referência - Entre os promotores do Torneio esta a Associação Rural da Pecuária do Pará (ARPP), que acompanha o evento com o apoio técnico e administrativo. Gerson Cora Mota, técnico agropecuário da Associação, lembrou que o Torneio, iniciado em 2016, cresceu tanto que agora é referência para outros estados, como Minas Gerais, que também já realiza um evento semelhante.

Gerson Mota informa que o evento no Marajó serviu de modelo para outros estados

“Nós tivemos a grata satisfação de sermos convidados em 2023 para fazer o torneio leiteiro do Encontro Brasileiro de Criadores de Búfalos, que ocorreu em Minas Gerais. É um modelo criado a partir da pandemia, quando não podíamos nos aglomerar. O Torneio ocorre nas propriedades, sem necessidade mais de nos concentrarmos num só local”, explicou Gerson Mota.

No primeiro dia ocorre a esgota, quando é retirado o leite. A partir de amanhã (quarta-feira) ocorre a ordenha nos dois horários, para posteriormente estabelecer a média para tirar a posição de cada búfala em quatro categorias: primíparas, jovens, sênior e adultas.

Universidades - Por meio de convênio firmado com universidades, os acadêmicos são capacitados para coletar os dados durante o Torneio, e fazer as devidas avaliações. Os alunos atuam como fiscais, informou Gerson Mota, em municípios com propriedades participantes, como Abaetetuba, Xinguara, Salvaterra, Nova Timboteua e Cachoeira do Arari.

Augusto Peralta destaca a parceria entre as instituições na realização do torneio

Alessandra Santa Rosa é estudante do curso de Medicina Veterinária, na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), disse que a experiência está sendo muito enriquecedora, em sua primeira visita a uma propriedade produtiva de búfalas. “É uma importância grande ser fiscal deste Torneio. A gente aprende no treinamento que é importante passar uma segurança, tanto para o ordenhador quanto para quem está ali nos dando o voto de confiança. Precisamos ter uma visão totalmente profissional dentro disso”, acrescentou.

Parcerias - A Sedap apoia o Torneio, por meio da divulgação e acompanhamento técnico, mostrando ao Pará, e ao restante do Brasil, o trabalho feito no Marajó, que impacta no aumento da produção leiteira, ressaltou o veterinário Augusto Peralta, que integra a equipe da Coordenadoria de Produção Animal (Copan), da Secretaria. Junto com a veterinária Anelise Ramos, ele acompanha o evento.

De acordo com o veterinário, a Sedap incentiva a bubalinocultura, principalmente por meio da parceria com instituições como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Ufra e associações de produtores rurais. “Precisamos ter essas parcerias. Através delas estamos aqui prestigiando o torneio leiteiro. Estamos colhendo frutos dos investimentos passados, e hoje no presente, vendo o resultado desse trabalho. A gente anda lado a lado, e cresce juntos“, ressaltou.

O desempenho dos vaqueiros também faz parte da competição

A competição também inclui competição de vaqueiros, que destacará aquele que conseguir a ordenha em menor tempo. Um dos participantes é Sidney Pinheiro, que desde os 15 anos trabalha na atividade, na Fazenda Paraíso. "Para mim, é gratificante todos os anos. A gente dá o melhor e participa desde o início", contou Sidney, que já ganhou em três edições do Torneio.