Pará é protagonista amazônico no Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2025
Entre os projetos apresentados, estão experiências que vão do turismo de base comunitária à valorização da biodiversidade, passando por iniciativas de educação ambiental, cicloturismo, turismo rural e o fortalecimento das comunidades tradicionais
Com apoio institucional da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), o Estado do Pará reforça seu papel de destaque nacional ao reunir 14 iniciativas locais inscritas na 13ª edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, que neste ano terá sua cerimônia de premiação realizada em Belém, no mês de dezembro. O número expressivo consolida o engajamento do setor turístico paraense em práticas inovadoras, sustentáveis e com impacto real nas comunidades.
Entre os projetos apresentados, estão experiências que vão do turismo de base comunitária à valorização da biodiversidade, passando por iniciativas de educação ambiental, cicloturismo, turismo rural e o fortalecimento das comunidades tradicionais. A ampla diversidade das propostas demonstra não apenas o potencial turístico da Amazônia, mas sua capacidade de liderar uma transformação sustentável no setor.
Para o secretário o Estado de Turismo do Pará em exercício, Lucas Vieira, o engajamento do Estado na premiação é mais uma prova de que o Pará tem muito a oferecer ao Brasil e ao mundo. "Nosso Estado tem mostrado com consistência que turismo e sustentabilidade caminham juntos. O número de inscritos paraenses no prêmio reforça a criatividade, a conexão com o território e o protagonismo das comunidades locais. A COP 30 é um grande catalisador, mas esse movimento já vem sendo construído há muito tempo com diálogo, formação e apoio institucional", afirmou.
Entre os inscritos está o projeto Roteiro Alter Tapajós, da Muriki Cicloturismo, com sede em Santarém. Para Paulo Henrique Mil Homens, responsável pela iniciativa, a participação no prêmio é uma forma de fortalecer as conexões entre o território e o futuro do turismo brasileiro. “Participar do Prêmio Braztoa é, antes de tudo, uma oportunidade de mostrar que a Amazônia tem protagonismo quando o assunto é turismo inovador, sustentável e com impacto real nas comunidades. Estar entre iniciativas que valorizam esse tipo de trabalho é mais do que um reconhecimento — é uma forma de conectar quem está no território com quem está pensando o futuro do turismo no Brasil”.
Segundo ele, é essencial olhar para a Amazônia como um destino diferenciado. “A Amazônia tem muito a ensinar. Não só pelas belezas naturais, que são únicas, mas principalmente pelo modo de vida das pessoas, pelas práticas ancestrais, pela relação respeitosa com a natureza. É fundamental que iniciativas como o Prêmio Braztoa deem visibilidade pra isso. Que não enxerguem a região só como um destino exótico, mas como um celeiro de soluções sustentáveis e inovadoras que o mundo precisa conhecer, valorizar e respeitar”.
Outro destaque é a participação da Rota Amazônia Atlântica, iniciativa de turismo rural liderada pela empresária Hortência Osaqui, CEO da Fazenda Bacuri. O roteiro integra cinco municípios paraenses – Belém, Castanhal, Santa Bárbara, Augusto Corrêa e Bragança – e tem como proposta valorizar saberes locais, experiências autênticas e a produção rural sustentável.
“A importância de participar do Prêmio Braztoa é de uma validação do que se vem desenvolvendo. Ano passado, em 2024, ficamos entre as 20 iniciativas da premiação. Acredito muito que estamos no caminho certo com o nosso roteiro. É bem interessante esse olhar da premiação para a Amazônia. Existem várias 'Amazônias' dentro da Amazônia, é o caso por exemplo da Amazônia Atlântica. Próximos do Oceano Atlântico, toda uma característica e um modo de viver diferente da vida ribeirinha na Amazônia de lugares como a Ilha do Combu e outras cercadas pelos rios. É de suma importância, porque vão conhecer trabalhos concretos e histórias de verdade. É uma oportunidade para quem desenvolve o turismo rural nessa região”, avaliou Hortência.
O Prêmio Braztoa de Sustentabilidade é reconhecido internacionalmente por valorizar práticas transformadoras no turismo. Criado em 2012, é a mais antiga premiação brasileira voltada exclusivamente à sustentabilidade no setor, e foi a primeira do mundo a receber a chancela da Organização Mundial do Turismo (OMT).
Em 2025, além das categorias tradicionais, o prêmio ganhou um critério especial voltado à Amazônia, com pontuação extra para iniciativas que promovem inovação, impacto positivo e desenvolvimento sustentável na região.
