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Estado fortalece projeto de ressocialização de custodiados do sistema penitenciário do Pará

Parceria entre Seap e Polícia Científica contribui para a redução da reincidência criminal

Por Giovanna Abreu (SECOM)
17/06/2025 09h13

Estratégia de reinserção social, geração de renda e diminuição da reincidência criminal, o projeto estadual “REINSÉRIE ORÉ”, fruto de convênio entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Pará (Seap) e a Polícia Científica do Pará (PCEPA), fortalece a ressocialização de pessoas privadas de liberdade, no sistema penitenciário do Estado. A finalidade é absorver mão de obra carcerária para desenvolver serviços de limpeza e manutenção. 

“É um trabalho que gera renda, tanto para o custodiado, quanto para as suas famílias, porque até 50% do salário mínimo pode ir para a família, que utiliza o recurso para garantir seu sustento aqui fora, enquanto o indivíduo cumpre o regime semiaberto. Parte desse salário também fica numa poupança que o indivíduo pode retirar quando se torna egresso do sistema. O objetivo é garantir que tenhamos um processo de reinserção social, por meio da estratégia do trabalho prisional”, diz Belchior Machado, diretor de Trabalho e Produção da Seap.

M.M.S.C., custodiado participante do projeto, realiza o trabalho de serviços gerais. “Eu me sinto bem em fazer esse trabalho, me sinto feliz. Graças a Deus tenho a oportunidade de sair para trabalhar. Eu só quero remir minha pena para ir embora e reconstruir minha vida lá fora. Eu agradeço muito a Deus por essa chance de ressocializar e quando chegar lá fora buscarei ser uma nova pessoa”, assegura.

O convênio, vigente desde 2019, já contemplou 36 pessoas privadas de liberdade. Os apenados recebem o salário de R$ 1.518,00, conforme a Lei de Execução Penal (LEP), que é subdividido em três formas: salário, pecúlio e fundo penitenciário. 

“A mão de obra é a melhor possível, pois os custodiados sempre entregam serviços de qualidade, são muito dedicados ao trabalho. Com a iniciativa, estamos contribuindo com a reinserção social, gerando emprego e renda para os internos e ajudando para um novo caminho longe do crime”, destaca Celso Mascarenhas, diretor-geral da Polícia Científica.

O custodiado M.O.G, participante do projeto, celebra a importância da iniciativa para o dia a dia desse período delicado. “Eu vejo o trabalho como uma oportunidade não só de sair um pouco, respirar ar puro, mas também de refletir sobre o nosso passado e corrigir os nossos erros, buscando ajudar também outras pessoas que precisam. Quero estar pronto, apto a ressocializar, quando tiver a oportunidade de voltar à vida normal de forma digna”, finaliza.