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Hospital Metropolitano é referência nacional no tratamento de queimaduras

Somente em 2024, 641 pacientes foram assistidos, e apenas nos primeiros quatro meses de 2025, 191 pessoas já receberam tratamento especializado

Por Alberto Dergan (HMUE)
11/06/2025 10h46

Dados do Ministério da Saúde apontam que, durante todos os anos, as queimaduras acometem 1 milhão de pessoas no mundo inteiro. Por conta dos altos números, a campanha “Junho Laranja” chama a atenção para a prevenção de queimaduras e aborda medidas preventivas necessárias para a redução da incidência de acidentes relacionados. 

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, consolida-se como a única unidade pública do Norte do Brasil com um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), exclusivo para atender casos de todos os níveis de complexidade voltados para esse tipo de lesão pelo Sistema único de Saúde (SUS).

Equipado com 20 leitos (18 enfermarias e 2 de UTI), o CTQ conta com uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgiões plásticos, enfermeiros especializados e terapeutas, garantindo recuperação integral aos pacientes. Somente em 2024, 641 pacientes foram assistidos, e apenas nos primeiros quatro meses de 2025, 191 pessoas já receberam tratamento especializado.

“Cada paciente do CTQ é atendido de forma individualizada, de acordo com o grau da queimadura e as áreas afetadas. Sabemos que a queimadura trata-se de um acidente grave, podendo necessitar de um tempo de internação prolongado para a recuperação adequada e um único paciente pode passar meses internado", explica Nellyane Ferro, coordenadora de enfermagem do centro.

“O correto é evitar e seguir os direcionamentos de prevenção”, finaliza a profissional.

"Meu filho foi atendido no Metropolitano após um acidente grave com queimaduras e recebi não só tratamento, mas apoio também. Se não fosse o atendimento no Hospital, dos médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais, o meu filho não teria resistido", relata Maria Jeneci, 34 anos, vinda de Vila Canopus, na área rural de Altamira, região do Xingu.

Tecnologia aliada à recuperação 

Ainda falando em pioneirismo, para acelerar o tratamento de lesões, o Metropolitano disponibiliza o serviço de Medicina Hiperbárica, tecnologia que, entre outros benefícios, favorece a cicatrização de feridas complexas.

A unidade dispõe de cinco câmaras, de uso individual, para utilização terapêutica de oxigênio em alta pressão, ampliando a eficácia do tratamento de feridas de difícil cicatrização, infecções graves, lesões por queimaduras e outras condições. 

Internado há mais de 40 dias no Centro de Tratamento, Anderson Souza, 38, vindo de Itaituba, sudoeste do Pará, sofreu uma descarga elétrica e fez diversas sessões de hiperbárica.

“Eu avalio como nota mil. É impressionante como o tratamento faz efeito tão rápido. Senti uma melhora muito rápida, vejo fotos dos meus pés de 40 dias atrás e, comparando com agora, está quase tudo cicatrizado. A recuperação foi muito mais rápida do que eu imaginava”, disse.