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Policlínica Metropolitana alerta para os riscos da exposição solar e reforça cuidados para evitar cânceres

No País, o câncer de pele ocupa mais de 1/3 dos diagnósticos desta doença

Por Ascom (Governo do Pará)
11/06/2025 08h57

Com a diminuição das chuvas e o aumento dos períodos de sol no Pará, a Policlínica Metropolitana, em Belém, intensifica os alertas sobre os riscos das doenças dermatológicas causadas pela exposição à radiação ultravioleta. No Brasil, o câncer de pele representa 33% de todos os diagnósticos oncológicos, sendo uma das principais doenças associadas ao excesso de sol.

Por mês, a Policlínica Metropolitana oferece cerca de 700 atendimentos gratuitos no serviço de dermatologia. As consultas ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Neste período de transição climática, a dermatologista da unidade, Yandra Sherring Einecke, reforça a importância dos cuidados com a pele durante o verão amazônico. Segundo a especialista, entre as doenças mais graves relacionadas à exposição solar está o câncer de pele.

“O câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Porém, o mais agressivo é o melanoma cutâneo”, explicou.

Os primeiros sinais de câncer de pele incluem lesões elevadas e brilhantes, translúcidas ou avermelhadas, podendo também apresentar tons castanhos, róseos ou multicoloridos, frequentemente com crostas e sangramento fácil. Alterações em pintas já existentes também devem ser observadas.

“Uma pinta que muda de cor, textura, se torna irregular nas bordas ou cresce de tamanho pode ser um sinal de alerta. Também é importante prestar atenção em manchas ou feridas que não cicatrizam, que continuam crescendo, coçam, formam crostas ou apresentam sangramentos”, detalhou a médica.

Toda lesão suspeita deve ser avaliada por um dermatologista, que indicará o tratamento adequado conforme o tipo de câncer, tamanho e prognóstico.

Além do câncer, a exposição solar sem proteção adequada pode agravar outras condições dermatológicas, como:

- Queratose actínica: lesões pré-cancerígenas que surgem como pequenas feridas vermelhas, endurecidas e ásperas;
- Melasma: manchas escuras, geralmente no rosto, que podem se intensificar com o sol;
- Fitofotodermatose: reação inflamatória provocada pela combinação de substâncias fotossensibilizantes (como o suco de limão) e exposição solar;
- Queimaduras solares: desde vermelhidão até bolhas e descamação da pele.

Cuidados recomendados - Para garantir a saúde da pele durante o verão, a médica recomenda evitar a exposição solar entre 10h e 16h, horário de maior incidência dos raios UV.

“É fundamental o uso de roupas e acessórios como chapéus, óculos escuros e blusas de manga comprida, preferencialmente com proteção UV ou de algodão”, orientou.

O uso diário de protetor solar também é indispensável. Ele deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas ou após transpiração excessiva ou contato com água.

“O protetor deve ser distribuído uniformemente por todo o corpo, incluindo regiões que costumam ser esquecidas, como orelhas, nuca, pés e mãos. Além disso, é importante não aplicá-lo sobre a pele molhada”, reforçou Yandra.

Em crianças, o uso do produto é indicado a partir dos seis meses de idade, com preferência para filtros físicos adequados à pele sensível.

Outro cuidado essencial nesta época do ano é manter o corpo hidratado. “É preciso aumentar a ingestão de líquidos, priorizando água, sucos naturais e água de coco. Além disso, o uso diário de hidratantes ajuda a manter a pele saudável e protegida”, completou a dermatologista.

Atendimento - A Policlínica Metropolitana oferece atendimentos para doenças cutâneas inflamatórias, infecto-contagiosas e biopsia de diagnosticar o câncer de pele. São realizados exames de dermatoscopia, histopatológico de pele e imuno-histoquímica.

Texto de Roberta Paraense