Governo do Pará vai construir primeiro Centro Estadual de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres
O novo centro terá estrutura moderna para atender a recepção, avaliação, tratamento e reabilitação de animais silvestres resgatados em situações de tráfico, cativeiro ilegal ou acidentes

O Estado do Pará está prestes a dar um passo histórico na política ambiental com a assinatura do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e a empresa Hydro. O acordo viabilizará a construção do primeiro Centro Estadual de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), que será instalado no Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, localizado em Marituba, na Região Metropolitana de Belém.
Com investimento estimado em R$ 50 milhões, oriundos dos recursos de compensação ambiental da empresa, o novo centro terá estrutura moderna para atender a recepção, avaliação, tratamento e reabilitação de animais silvestres resgatados em situações de tráfico, cativeiro ilegal ou acidentes. Além da construção do espaço, o montante garantirá a aquisição de equipamentos e o custeio da manutenção do Cetras pelos próximos três anos.
A expectativa é que o novo centro fortaleça a capacidade do Estado em proteger e reabilitar a fauna silvestre amazônica, além de contribuir para ações educativas e científicas sobre a biodiversidade regional. O projeto será uma referência em bem-estar animal e conservação, e deverá contar com uma equipe multidisciplinar de veterinários, biólogos e técnicos especializados.

O evento de assinatura do termo, que ocorrerá nesta quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, às 16h, no Parque Estadual do Utinga, em Belém, contará com a presença do governador Helder Barbalho e demais autoridades estaduais, representantes da Hydro e do setor ambiental.
Avanço - Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a iniciativa simboliza uma nova fase na relação entre desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental no Pará. “Estamos consolidando uma política pública de proteção à fauna com um instrumento concreto e duradouro. O Cetras será um marco para o Pará e um legado para as futuras gerações”, afirmou.
Atualmente, o Pará conta com poucos centros de triagem sob gestão federal, e a ausência de uma unidade estadual limita a atuação diante da crescente demanda por resgates e reabilitação de animais silvestres. Com a criação do Cetras à nível estadual, o Governo do Pará assume papel protagonista na construção de uma rede estruturada de atendimento à fauna.

O Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, que é uma Unidade de Conservação gerida pelo Ideflor-Bio, foi escolhido como local estratégico para sediar o Cetras, tanto pela sua localização quanto pela vocação para a conservação ambiental. A área receberá também ações de apoio à educação ambiental e integração com a comunidade, ampliando os impactos positivos do projeto para além da reabilitação dos animais.