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Fibrose cística é tema de sessão especial na Câmara Municipal de Belém

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/09/2015 16h40

Para discutir assuntos relacionados ao tratamento da fibrose cística e reforçar a assistência ao paciente atendido no Estado, foi realizada na manhã desta sexta-feira (4) uma sessão especial na Câmara Municipal de Belém (CMB), com a presença de representantes dos Ministérios Públicos do Estado e Federal, além de profissionais da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e integrantes da Associação Paraense de Assistência à Mucoviscidose (Aspam).

A sessão foi convocada atendendo ao requerimento de autoria da vereadora Meg Barros, aprovado pelo Plenário da Casa. Foram destacados pontos importantes para melhorar a qualidade do atendimento prestado aos portadores da doença. No Pará, o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) é referência na assistência desta patologia, que pode evoluir para quadro grave caso não diagnosticada precocemente.

Segundo a secretária adjunta da Sespa, Heloísa Guimarães, o governo do Pará está fortalecendo a política estadual de medicamentos, a fim de melhorar a assistência e assegurar o acesso da população aos remédios. “Os pacientes recebem regularmente os medicamentos necessários, fornecidos pela Sespa, que vem trabalhando para atender as demandas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das iniciativas da Secretaria é ampliar as ações, para garantir todos os medicamentos, principalmente os de alto custo”, ressaltou.

Em 2012, o Pará entrou na lista dos seis Estados brasileiros habilitados para fazer a terceira fase do exame do teste do pezinho, que inclui o diagnóstico precoce da fibrose cística. A doença provoca uma desordem genética (autossômica recessiva) caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que levam ao desenvolvimento de insuficiência pancreática exócrina (pancreatite crônica) e disfunções intestinais, além de anormalidades das glândulas sudoríparas. O diagnóstico pode aumentar a sobrevida do paciente.

Exame - Segundo a coordenadora Estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, o diagnóstico precoce da fibrose cística facilita o tratamento e a melhora do paciente desde cedo. Ela destacou a importância do exame em tempo útil de três a cinco dias. “Além disso, é necessário a confirmação também com o teste do suor, que será realizado para os casos com testes alterados. Alguns exames genéticos também podem ajudar no diagnóstico da doença", reiterou.

O tratamento da fibrose cística deve ser multidisciplinar, envolvendo uma equipe médica composta por enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais. Tem como objetivo o controle e tratamento das infecções respiratórias com antibióticos, o alívio da obstrução brônquica com a fisioterapia respiratória, o tratamento da insuficiência pancreática com a reposição de enzimas, a correção do déficit nutricional, com dieta hiperproteica e hipercalórica, além da suplementação das vitaminas A, D e E.