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Em Castanhal, Capacita COP30 certifica mais uma turma em Cozinha Amazônica

Programa de formação e qualificação de mão de obra é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectet)

Por Raiana Coelho (SECTET)
29/05/2025 11h19

O Governo do Pará certificou mais 35 alunos do curso Cozinha Amazônica, na quarta-feira (28), promovido pelo Capacita COP30, em Castanhal. O programa de formação e qualificação de mão de obra é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica do Pará (Sectet), que qualifica e forma mão de obra para as oportunidades que a realização da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas irá proporcionar aos paraenses. 

Essa etapa capacitou 35 alunos, com o objetivo evidenciar a alta gastronomia amazônica. Ao longo das aulas, os participantes mergulharam na história e na ancestralidade dos povos originários da região, conhecendo os utensílios tradicionais, os ingredientes nativos e as técnicas que fazem da cozinha amazônica uma verdadeira arte cultural.

Sob a condução de Edivam Gomes, chef e instrutor do curso, os alunos vivenciaram uma imersão que uniu teoria e prática, com destaque para receitas como moqueado contemporâneo, vatapá, tacacá e a lasanha de jambu com camarões salteados ao molho de tucupi.

“Durante o curso, nós trabalhamos ingredientes da Amazônia característicos da nossa flora e fauna. O objetivo é formar profissionais preparados para o mundo do trabalho. A Sectet, em parceria com a Escola das Artes São Lucas, tem formado muitos profissionais, já pensando na COP30. Importante citar que boa parte dos alunos já são empreendedores no ramo da gastronomia” destacou o chef Edivam Gomes durante a cerimônia.

O encerramento contou ainda com uma aula prática de mesa posta, onde os alunos apresentaram pratos regionais, demonstrando na prática o conhecimento adquirido ao longo da capacitação.

O curso vem transformando a vida pessoal e profissional dos alunos. O empresário e técnico em gastronomia Benildo Meireles dos Santos, de 49 anos, compartilhou o impacto positivo da experiência em sua vida e em seu negócio. “Vi pessoas que chegaram com síndrome do pânico, ansiedade, depressão e através das aulas, recuperaram a autoestima e renovaram suas perspectivas no empreendedorismo. Falar do Capacita COP é falar de um projeto de resgate”, afirmou. 

Maria Santos, 37 anos, empreendedora na área de salgados afirma que o curso representou inclusão, empoderamento e a redescoberta de seu potencial na cozinha amazônica: “Na cozinha, eu me senti como alguém que tem algo a demonstrar. Apesar das dificuldades nas pernas, minha mente e minhas mãos funcionam. Eu posso ir além. E o mais bonito foi o respeito: ninguém me via como deficiente, mas como alguém que tinha algo a mostrar no preparo do peixe, da farofa, do molho de pupunha. Isso mudou tudo pra mim ", diz.

Para o coordenador do programa Capacita Cop 30, Andrey Rabelo, o curso representa um avanço importante na qualificação profissional e na valorização da identidade amazônica. “O Capacita COP30 tem como missão promover oportunidades reais de crescimento pessoal e profissional para os paraenses. A gastronomia amazônica é uma potente ferramenta de transformação. Ver pessoas redescobrindo sua autoestima, ampliando seus negócios e se reconectando com suas raízes culturais através da culinária é um reflexo claro do impacto que buscamos com o programa ", pontua. 

Texto de Carla Couto / Ascom Sectet