Capacitação sobre atendimento a grupos vulneráveis vítimas de violência chega a Bragança
O aprimoramento abordou temáticas como o histórico de crime e violência, direitos humanos e legislação

Para aprimorar cada vez mais o atendimento prestado por agentes de segurança pública no Pará e a rede de proteção, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Diretoria de Políticas Públicas e Prevenção Social (DPS), capacitou 43 agentes de segurança pública e da rede de proteção do município de Bragança, nordeste paraense. O curso, concluído nesta quarta-feira (28), deve percorrer mais municípios até o final do ano.
A formação contemplou servidores da Polícia Militar do Pará, Polícia Civil, Polícia Científica do Pará, Guarda Municipal e secretarias de educação, assistência e Coordenadoria da Mulher. O aprimoramento abordou temáticas como o histórico de crime e violência, direitos humanos e legislação, com enfoque nos profissionais de segurança que atuam no atendimento de vítimas em situação de vulnerabilidade, como mulheres, crianças, adolescentes, idosos e população LGBTQIA+.

Para a diretora da DPS/Segup, delegada Ariane Melo, a formação garante que os agentes compreendam as necessidades específicas desses grupos, apliquem abordagens sensíveis e eficazes, e colaborem com outras instituições para oferecer um suporte abrangente. "Ao investir em treinamento, promove-se um ambiente mais seguro e justo para todos os cidadãos, fortalecendo a confiança na atuação das forças de segurança", disse.
O curso é uma promoção da Segup com o Instituto de Ensino de Segurança Pública (IESP). Para o diretor da Instituição, coronel Walder Braga, a formação alcançar outros municípios além da Região Metropolitana de Belém contribui para o nivelamento do atendimento em todo o Estado.
"Esse tipo de formação fortalece a confiança entre a população e as Forças de Segurança e Rede de Proteção, contribuindo para uma sociedade mais justa, acolhedora e segura para todos. É um passo essencial na construção de um serviço público mais humano e eficaz", pontuou.

Acolhimento - Ao receberem treinamento, os agentes de segurança pública aprendem a trabalhar em colaboração com outros serviços e instituições da rede de proteção, como assistentes sociais, psicólogos, conselhos tutelares e organizações não governamentais. Essa integração facilita o encaminhamento das vítimas para o suporte adequado, garantindo que recebam assistência jurídica, médica, psicológica e social.
Para aluna da capacitação, 2ª tenente PMPA, Ana Lopes, é fundamental o acolhimento e respeito aos direitos humanos no atendimento de pessoas que já se encontram em situação de violência. "Além de promover conhecimento acerca da legislação protetiva, também gera conhecimento do fluxo de atendimento entre os membros da rede de proteção para possibilitar um tratamento que atinja mais dimensões da personalidade do sujeito que é vítima, bem como do autor da violência", destacou.

A capacitação é um compromisso das forças de segurança com a proteção dos direitos humanos e a promoção da justiça social. Para a coordenadora municipal dos Direitos da Mulher de Bragança, Ruth Torre, as palestras foram extremamente importantes porque contribuem para a conscientização, prevenção e enfrentamento desse grave problema social.
"As palestras foram essenciais para quebrar o silêncio que muitas vezes envolve a violência, assim como, educar a sociedade sobre as diferentes formas de violência, capacitar as pessoas para o atendimento, identificar e denunciar e casos e, por fim, fortalecer as redes de apoio às vítimas", pontuou.