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Projeto musical leva acolhimento aos pacientes do Ophir Loyola

Apresentação de saxofone e brega paraense transformaram a rotina hospitalar e emocionaram pacientes e servidores durante ação de humanização

Por Leila Cruz (HOL)
28/05/2025 17h45
O professor Marcos encantou o público com clássicos da música brasileira

Com o tema "Notas de Esperança", o Hospital Ophir Loyola (HOL) lançou um projeto musical voltado ao acolhimento de pacientes oncológicos e acompanhantes. A iniciativa, idealizada pelo setor de Humanização do hospital, busca proporcionar momentos de leveza e bem-estar durante o tratamento. O lançamento do projeto foi na terça-feira (27), e contou com a participação do cantor e compositor Marcelo Wall e do professor da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA), Marcos Cardoso, que embalaram o momento com clássicos da música popular brasileira e paraense.

Para a coordenadora de Humanização do HOL, Michelle Azevedo, a música ajuda a reduzir os efeitos da hospitalização, ao modificar o comportamento, emoções e estados psicológicos. "A intervenção musical contribui para a redução da ansiedade e do estresse, comuns durante o processo de adoecimento e favorece um ambiente mais acolhedor para pacientes e acompanhantes. Os artistas e músicos doam o tempo e o talento para promover leveza e ajudar os pacientes a enfrentarem as doenças carregadas de estigmas e rotinas, como as doenças crônicas e degenerativas que são tratadas aqui. Então, é realizado um trabalho multidisciplinar interno para amenizar esse cenário", afirmou.

O cantor Marcelo Wall é voluntário do hospital.

Marcelo Wall já é uma presença conhecida nos corredores do Hospital. A motivação surgiu de uma experiência pessoal, quando acompanhou o tratamento do irmão na unidade. "Desde então, já se passaram dez anos, e mantenho esse laço estreito com a instituição.  E estar aqui é algo prazeroso, por poder trazer alegria para quem passa por esse momento difícil. Realmente ganho o dia, o mês", disse o cantor, que se apresentou no Centro de Radioterapia.

Durante a apresentação, o professor Marcos encantou o público com clássicos da música brasileira, como "Naquela Mesa", de Nelson Gonçalves, além de sucessos do repertório regional paraense. Para ele, proporcionar esse momento é mais do que um gesto artístico, é um gesto de empatia. "Trazer a música para perto deles, num momento em que estão fragilizados, é algo muito positivo. É uma forma de contrapor a dor, o desconforto do tratamento, que muitas vezes é invasivo e desgastante", explicou o saxofonista.

Jorge Franco enfrenta um tratamento contra um câncer no olho.

Entre os pacientes tocados pela iniciativa estava Jorge Franco, músico que enfrenta um tratamento contra um câncer no olho. Enquanto aguardava atendimento no ambulatório, ele se emocionou ao ouvir a melodia do saxofone preencher o ambiente e, por alguns instantes, transformar a dura rotina hospitalar em aconchego. “A música é um presente de Deus. Ela tem um poder que vai além do que a gente imagina… Ela cura, acalma, restaura tanto a alma quanto o corpo. Quando a gente tá numa situação como essa, passando por um tratamento, a música chega como um abraço. É um remédio que não vem de farmácia, mas vem do coração, vem de Deus”, compartilhou, emocionado.

Serviço:

Caso um artista ou músico queira ser voluntário do projeto, basta acessar o site do Hospital Ophir Loyola, www.ophirloyola.pa.gov.br, lá estão disponíveis mais informações sobre os projetos realizados no setor de humanização ou ainda entrar em contato pelo fone (91) 3265-6751 ou e-mail: [email protected] 

Texto: David Martinez, sob supervisão de Leila Cruz