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HGT realiza ação de conscientização e reforça medidas de cuidado materno

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a morte materna é caracterizada pelo óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto

Por Andrey Silva (HGT-Tailândia)
28/05/2025 14h40

Em alusão ao Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, celebrado nesta terça-feira (28), o Hospital Geral de Tailândia (HGT) realizou uma ação educativa voltada a gestantes e puérperas. O objetivo foi reforçar a importância do pré-natal, dos cuidados durante o parto e no período pós-parto, além de orientar sobre medidas preventivas que contribuem para a redução de complicações e a preservação da vida materna.

A atividade foi conduzida pela enfermeira obstetra Amanda Fernandes, com rodas de conversa realizadas na Central de Parto Normal (CPN) e na Clínica Obstétrica. Ela destacou o acompanhamento pré-natal como uma ferramenta essencial para garantir uma gestação segura.

“O pré-natal não é apenas um protocolo, é uma oportunidade de acompanhar o desenvolvimento do bebê, identificar precocemente riscos para a mãe e para a criança, além de preparar a gestante para o parto e o puerpério”, explicou a profissional.

Amanda também chamou atenção para os cuidados no pós-parto, fase que demanda vigilância redobrada devido ao risco de complicações como infecções e hemorragias. Durante a ação, foram distribuídos materiais informativos com orientações práticas sobre sinais de alerta.

Aprovação entre gestantes

A iniciativa foi bem recebida pelo público. Ana Cláudia Silva, 27 anos, moradora de Tailândia e grávida de seis meses do primeiro filho, elogiou a ação enquanto aguardava atendimento com o obstetra. “Foi muito bom, porque a gente aprende coisas que nem sabia. Eu, por exemplo, não sabia que alguns sinais depois do parto podiam ser perigosos. Agora vou ficar mais atenta e seguir certinho o que o médico e a enfermeira orientaram”, disse.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a morte materna é caracterizada pelo óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto, em decorrência de causas relacionadas à gravidez ou ao atendimento prestado. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2023, cerca de 712 mulheres morreram por dia no mundo por complicações associadas à gestação, totalizando aproximadamente 260 mil mortes maternas naquele ano.

Compromisso com a segurança materna

Referência regional em assistência obstétrica, o HGT realiza, em média, 120 partos por mês. Entre janeiro de 2024 e abril de 2025, foram contabilizados 1.846 partos na unidade, sem registro de morte materna.

Segundo o diretor técnico do hospital, médico Eduardo Rocha, os números refletem o compromisso da unidade com um atendimento humanizado, seguro e de qualidade.
“O hospital conta com médico obstetra 24 horas e uma equipe multiprofissional qualificada para garantir assistência integral à gestante e ao bebê. Nosso foco é proteger vidas e oferecer um cuidado eficaz e resolutivo”, afirmou.

Entre as ações implementadas pelo HGT está a classificação de risco rosa, que garante atendimento prioritário às gestantes em até 30 minutos no Pronto Atendimento (PA). A unidade também mantém uma Comissão de Revisão de Óbitos, responsável por analisar cada caso, identificar possíveis falhas, orientar equipes e promover treinamentos específicos para fortalecer a segurança do cuidado materno e neonatal.

Estrutura e acesso - Com 51 leitos, o Hospital Geral de Tailândia dispõe ainda de uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), com nove leitos — seis adultos e três pediátricos. Os serviços são ofertados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Central de Regulação Municipal. Atendimentos de urgência e emergência são realizados por livre demanda ou encaminhados por serviços como Samu, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária.