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PC deflagra 2ª fase da Operação Mão de Ferro e cumpre mandados no Pará

Ação cumpriu mandados de busca e apreensão, de prisão temporária e de internação provisória pelos diversos crimes, como o de indução à automutilação

Por Jeniffer Terra (PC)
28/05/2025 12h44

A Polícia Civil, por meio da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), deflagrou a segunda fase da operação "Mão de Ferro" e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, um mandado de prisão temporária e três mandados de internação provisória pelos crimes de indução, instigação ou auxílio à automutilação e ao suicídio, além de outras práticas criminosas.

A ação policial, que aconteceu nesta terça-feira (27) nos municípios de Ananindeua, Barcarena, Marabá e Canaã dos Carajás, foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP) e contou com o apoio das Delegacias Especializadas no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA) de Barcarena, de Marabá e de Canaã dos Carajás, da Delegacia de Vila dos Cabanos, das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAM) de Marabá e de Canaã dos Carajás, além do apoio da Polícia Científica do Pará (PCEPA).

“A operação foi elaborada com o objetivo de apreender dispositivos eletrônicos utilizados pelos adolescentes investigados no caso e combater crimes cibernéticos praticados por organizações criminosas estruturadas que atuam em ambiente virtual, sobretudo, por meio de plataformas digitais e aplicativos de mensagens. Entre os crimes investigados, estão apologia ao nazismo, maus-tratos a animais, material de abuso sexual infantil, cyberbullying, ameaças e induzimento à automutilação e ao suicídio”, explicou a titular da DAV, delegada Emanuela Amorim.

No Pará, foram identificados um adulto e três adolescentes atuando como administradores de canais utilizados para o compartilhamento de conteúdos ilícitos. Foram realizadas as diligências, resultando no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e três de internação provisória. O adulto identificado por ter envolvimento nos crimes encontra-se foragido.

“No decorrer da operação, a Polícia Civil também identificou que os crimes ocorriam em diversas redes sociais e o grupo criminoso compartilhava conteúdos de violência extrema, estimulando comportamentos autodestrutivos e realizando coação psicológica, ameaças e exposição pública das vítimas que, em sua maioria, eram adolescentes”, pontuou o superintendente Regional do Baixo Tocantins, delegado Mhoab Khayan.

Ao longo das diligências, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, como aparelhos celulares, computadores e mídias externas pertencentes aos investigados. Os materiais serão submetidos à perícia técnica, com o objetivo de aprofundar as investigações, identificar e mapear a extensão da atuação dos administradores e outros possíveis envolvidos nos crimes. 

Operação Mão de Ferro 2 - “A primeira fase da operação foi deflagrada em agosto de 2024 no Estado do Mato Grosso e possibilitou a identificação de uma rede criminosa nacional altamente estruturada, envolvida em práticas graves, como o incentivo à automutilação, sendo documentados casos de adolescentes com cortes na pele contendo os 'nicknames' de seus agressores virtuais”, acrescentou o titular do NIP, delegado Gabriel Batista.

A partir da fase inicial, foi possível identificar suspeitos em diversos Estados do Brasil, incluindo o Pará, ampliando as investigações e a atuação policial integrada. A operação "Mão de Ferro" ocorre de forma simultânea em 12 Estados brasileiros, com a participação das Polícias Civis do Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. Resultado de um trabalho de integração entre o CIBERLAB/DIOPI/SENASP e as Polícias Civis dos estados participantes que atuaram de maneira coordenada e simultânea, com a troca de informações e alinhamento estratégico.

A ação reforça o compromisso da Polícia Civil do Pará no enfrentamento a grupos criminosos que atuam contra crianças, adolescentes e demais populações vulneráveis e reafirma a importância da atuação coordenada das Polícias Civis de todo o país no combate às organizações que operam de forma articulada no ambiente digital. 

Denúncia - A PCPA reforça a importância da denúncia imediata em casos de violência, cyberbullying e outros crimes praticados por meios cibernéticos, através do Disque 100 ou do Disque-Denúncia 181, em situações de emergência.

Texto de Raphaela Rocha, com supervisão de Jeniffer Terra / Ascom PC