Pescadores de Limoeiro do Ajuru têm assistência da Emater para acesso a crédito

Desta quarta (21) até sexta-feira (23), o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Limoeiro do Ajuru, no Baixo Tocantins, está entregando na própria sede, no bairro Pratinha, 110 cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) para pescadores das regiões do Beiradão de Baixo, do Furo do Ipixuna, e dos rios Japiim Grande Limoeiro e Tocantins usufruírem de acesso imediato a crédito rural.

O montante estimado é de cerca de R$ 2 milhões, por meio da linha B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A Emater informa que o mutirão de documentação dá-se em apoio a propostas de financiamento elaboradas pela operadora Cactvs, credenciada pela Caixa Econômica Federal (Cef), e a partir de demandas da Associação de Pescadores e Pescadoras Artesanais de Limoeiro do Ajuru (Aspala).

Os contratos individuais valem, em média, R$ 12 mil, e, vão ser direcionados para manejo de açaizais nativos e compra de apetrechos de pesca artesanal. 

“Para mim, a Emater é uma amizade e um bem-querer: está me fazendo muito bem, me dá suporte”, resume Vanja Maria da Costa, de 60 anos, moradora do bairro Cuba. 

Semanalmente, a pescadora sai de “casco” (corpo de embarcação) ou de rabeta pelo rio Limoeiro em busca de mapará e pescada branca. Nas luas cheias, tempo de “maré boa”, segundo ela, chega a acumular 40 quilos de peixe de uma só vez. O crédito rural vem sendo reservado para a aquisição de um novo matapi, para a captura de camarão regional. “É um recurso para substituir, renovar minhas ferramentas”, explica.

De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Limoeiro do Ajuru, o técnico em agropecuária e engenheiro agrônomo Edir Antônio Queiroz, o papel da Emater nessa ação em específico é identificar, mobilizar e habilitar o público beneficiário: “A Emater é responsável pela seleção e emissão de cafs, o documento-base de acesso a qualquer política pública do segmento da agricultura familiar. Toda esta movimentação que une Governo do Pará e governo federal é um incentivo ímpar à pesca artesanal e ao açaí de várzea do município”, informa. 

Texto de Aline Miranda