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Sespa realiza caminhada alusiva ao Outubro Rosa no Parque do Utinga

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/10/2017 00h00

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou, na manhã deste sábado (21), no Parque do Utinga, 1ª Caminhada para Conscientização do Câncer de Mama, que contou com a participação de aproximadamente 150 pessoas. O objetivo foi chamar a atenção das mulheres para a importância da prática de atividade física como fator de prevenção do câncer de mama.

A coordenadora de Saúde da Mulher, Gabriela Góes, disse que é a primeira caminhada promovida pela Sespa alusiva ao Outubro Rosa e que o evento fará parte do calendário anual da instituição no mês de outubro. “É importante sensibilizar as pessoas para a prática de uma atividade física ou esporte, por ser um hábito saudável que tem impacto positivo na qualidade de vida e que contribui para a prevenção dos diversos tipos de câncer”, explicou Gabriela.

A secretária adjunta da Sespa, Heloísa Guimarães, ressaltou que o Pará conseguiu uma redução de 12% na mortalidade por câncer de mama, entre 2015 e 2016, sinal que houve uma melhora nas ações de diagnóstico e tratamento da doença no Pará. “Isso significa que dezenas de mulheres deixaram de morrer de câncer de mama, um tipo de câncer que tem 90% de chance de cura quando diagnosticado precocemente por meio de mamografia e que pode ser evitado com medidas preventivas e prática de hábitos saudáveis”, explicou a secretária adjunta.

O secretário de Saúde, Vitor Mateus, afirmou que o objetivo do governo do Estado, por meio da Sespa, é ampliar e facilitar cada vez mais o acesso das mulheres aos serviços de saúde para que façam exames preventivos, clínicos e especializados, como mamografia, e possam iniciar imediatamente o tratamento em caso de confirmação da doença.

Ele disse que as unidades de saúde precisam estar preparadas para atender às mulheres, orientá-las e encaminhá-las para serviços especializados quando necessário, mas ainda há carência de profissionais especialistas, como mastologistas, por exemplo. “Então para suprir essa carência, a Sespa terá uma reunião com representantes o Instituto Nacional do Câncer (Inca) para ver de que forma o Instituto pode ajudar na formação desses profissionais no Estado”, informou o secretário. “Pois precisamos dispor de uma rede descentralizada que facilite o acesso das mulheres aos serviços”, enfatizou Vitor Mateus.

Para a realização da Caminhada de três quilômetros, a Sespa contou com o apoio de diversas instituições parceiras como Cosanpa, Ideflor-bio, Ceasa, Portugal, Sococo e Faculdade Uninassau, que ofereceu avaliação de saúde, orientação nutricional e conduziu os participantes numa atividade de alongamento antes da caminhada. Os participantes receberam água, água de coco e frutas e contaram com o suporte de uma ambulância do 1º Centro Regional de Saúde durante todo o percurso.

Ciclismo -  As ciclistas inscritas no Pedal Mulher Nota 100, que acontece neste domingo (22), com trajeto de 100 quilômetros de Belém a Colares, assistiram a uma palestra sobre câncer de mama proferida pela coordenadora estadual de Saúde da Mulher da Sespa, Gabriela Góes. Foi durante a reunião técnica e entrega dos kits do evento, realizada, na última sexta-feira (20), no auditório da Faculdade Uninassau.

O Pedal Mulher Nota 100 é alusivo ao Outubro Rosa, tem apoio da Sespa e a finalidade é alertar as mulheres sobre o câncer de mama e incentivá-las à prática de esporte como atitude que ajuda na prevenção de doenças como o câncer. A realização é dos grupos de ciclismo Pedal Delas e Matinal Training.

Gabriela apresentou as estatísticas do câncer de mama no Pará e Brasil e ressaltou a importância de hábitos saudáveis, tais como alimentação equilibrada e prática de atividade física como fatores de prevenção de todos tipos de câncer.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 57.960 novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no Brasil em 2017, sendo 20 casos para 100 mil habitantes no Pará. O câncer de mama é a segunda causa de óbito entre mulheres, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. O Pará conseguiu reduzir em 12% a mortalidade por câncer de mama entre 2015 e 2016.

Como fatores de risco, Gabriela apresentou: ser mulher; ter mais de 50 anos de idade pois de 75% a 80% dos caso ocorrem em mulheres com mais de 50 anos de idade; primeira gravidez tardia; nunca ter tido filhos ou não ter amamentado; história familiar de câncer de mama (parentes de 1º grau), já ter tido câncer de mama; ingestão regular de álcool; tabagismo; uso de anticoncepcional por um longo período antes da primeira gravidez, reposição hormonal por mais de dez anos; estar acima do peso após a menopausa e falta de atividade física regular.

A orientação atual é que a mulher faça a observação e a autopalpação das mamas e fique atenta a qualquer alteração suspeita na mama. “Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, tem condições de perceber melhor as alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica” observou Gabriela.

Durante a palestra, ela mostrou de forma prática como as mulheres devem fazer a autopalpação das suas mamas e axilas.

No que se refere `mamografia, a coordenadora estadual informou que a recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos, lembrando que o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Essa é também a rotina adotada na maior parte dos países que implantaram o rastreamento do câncer de mama e tiveram impacto na redução da mortalidade por essa doença.