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Hospital Metropolitano realiza simulado de atendimento a múltiplas vítimas em situação de desastre

Iniciativa está entre os esforços do Governo do Pará frente à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), na capital paraense, em novembro deste ano

Por Alberto Dergan (HMUE)
10/04/2025 21h00

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, região metropolitana de Belém, recebeu, nesta quinta-feira, 10/4, o primeiro simulado intra-hospitalar de atendimento a múltiplas vítimas (IMV) envolvidas em uma tragédia. O objetivo foi avaliar a eficiência dos protocolos de emergência e a integração entre as equipes em situações de desastre e se soma aos esforços do Governo do Pará frente aos preparativos da COP 30 na Amazônia.

O evento ocorreu em parceria com o Ministério da Saúde, Corpo de Bombeiros Militar (CBMP), além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e contou com a participação de mais de 80 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos e atores voluntários que simularam as vítimas.

“Desde agosto, a Sespa, junto com o Ministério da Saúde e a gestão do Metropolitano, vem organizando esse momento para que hoje realizássemos o primeiro simulado voltado ao atendimento a múltiplas vítimas” explica Guilherme Mesquita, diretor de Desenvolvimento e Auditoria de Serviços de Saúde da Sespa. “O evento é muito importante porque, dessa forma, conseguimos testar a rede pública, ver como estamos funcionando, não somente aqui no Metropolitano, mas em nossas outras unidades que precisam estar adequadas ou aptas a receber mais pacientes de retaguarda”, completou o diretor.

Para a estudante de medicina Juliana Coelho, 20, participante do simulado como “sombra”, identificação dada aos personagens que deveriam acompanhar o paciente para avaliar o atendimento recebido, seguindo parâmetros de qualidade, a experiência será relevante para a profissão escolhida.

“Foi uma experiência muito enriquecedora, tanto para nós, acadêmicos, quanto para os profissionais. Pudemos observar, na prática, oportunidades de melhorias, mas principalmente o cuidado oferecido aqui. Foi uma oportunidade maravilhosa de aprender e estar imerso no ambiente intra-hospitalar, uma experiência muito boa e relevante para a nossa profissão”, disse ela.

Dinâmica do treinamento

O simulado reproduziu o atendimento a 25 vítimas e acompanhantes, que foram recebidas no hospital seguindo os fluxos de triagem, classificação de risco e atendimento prioritário. 

A ação permitiu testar a agilidade no suporte avançado ao trauma, logística de recepção e a comunicação entre as equipes, aspectos essenciais para salvar vidas em situações reais.

“É com muita felicidade que completamos o simulado, confirmando que o Hospital Metropolitano, com a equipe empenhada que tem, está apto a entregar uma assistência correta e resolutiva em caso de chegada de muitos pacientes. Agradecemos o empenho de todos os envolvidos que, em conjunto com a Sespa e Ministério da Saúde, conseguiram receber e atender todos os acometidos”, pontua o diretor-executivo do Hospital Metropolitano, Marcelo Azevedo.  

Preparativos para a COP 30 na Amazônia

O simulado integra os esforços do Governo do Pará para receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), programada para ocorrer em Belém no mês de novembro deste ano.

Entre os participantes, Daniel Josef Lerner, gerente de projetos da Secretaria Extraordinária para a COP-30 (Secop), com atuação no Distrito Federal (DF), pontuou como positivo o envolvimento das equipes para que tudo ocorresse em conformidade.

“Nunca tinha participado de uma simulação como essa, envolvendo tantas engrenagens diferentes; a polícia trazendo casos de diferentes níveis de complexidade, clínicas, enfermeiros, médicos envolvidos. Me impressionou muito o nível de detalhamento do trabalho e a entrega das pessoas que participaram. Foi uma experiência muito rica, que me deixa muito mais tranquilo por saber que, caso haja necessidade de uso de hospital por uma quantidade grande de pessoas, o Estado tem treinamento, capacitação e a preocupação de se antecipar em uma situação”.

Estrutura - Gerenciado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), o Metropolitano é referência em urgência e emergência no estado e conta com 213 leitos.