Médicos Legistas da Polícia Científica focam na ciência para fazer justiça no dia a dia
Semana celebra a profissão que humaniza momentos de dor ao dar respostas esclarecedoras que contribuem com a Justiça, familiares e à sociedade, em geral

"Para ser médico legista a gente precisa se apaixonar pela medicina legal. O médico legista descreve vestígios, marcas no corpo humano. É fazer justiça com ciência. Ressaltando que é uma satisfação, uma resposta que a gente dá para a família e para a sociedade", compartilha Osias Pimenta Nunes, médico legista e gerente da patologia forense da Polícia Científica do Pará (PCEPA).

A Polícia Científica do Pará informa que esta semana, que iniciou no dia 7, é a escolhida para celebrar e destacar a importância dos médicos legistas, profissionais que atuam diariamente fornecendo importantes laudos para investigações criminais.
Na PCEPA, atualmente 98 médicos atuam como legistas, incluindo as regionais no interior. Um trabalho contínuo que fornece as provas necessárias em casos que normalmente envolvem dor e exigem uma resposta rápida e correta, nas investigações criminais.

Atuando há 24 anos na Polícia Científica de Castanhal, o médico legista, Wagner Aragão, destaca que a medicina legal tem uma atuação integral junto ao ser humano. "A medicina legal é a mais completa de todas as áreas da medicina. Ela pega do embrião até a 'além sepultura'. A gente tem a oportunidade de trabalhar com o ser humano em todas as suas fases de vida", explica.
Humanizar para não submeter à vítima a um novo sofrimento
A médica legista, Adriane Wosny Guimarães, atua na Polícia Científica do Pará há 20 anos e desde começo de sua carreira trabalha diariamente no Polo Pará Paz localizado dentro do Hospital Santa Casa, atendendo crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.

"O Instituto de Medicina e Odontologia Legal, da Polícia Científica, destina o atendimento de crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência sexual preferencialmente por mulheres", explica. Essa é um dos cuidados que a PCEPA aplica aos seus atendimentos para evitar a revitimizazação, ou vitimização secundária, que acontece quando um ato submete uma vítima a um novo sofrimento.
Adriane Guimarães compartilha ainda que muitas vezes quando a violência não deixa vestígios, é necessário observar uma série de fatores, incluindo os psicológicos e psiquiátricos para se chegar a um laudo.
E assim como os médicos legistas que realizam perícias nas demais sedes da PCEPA, destaca a importância da perícia. "A gente fala da importância da perícia oficial nos crimes de violência sexual. Porque a perícia consegue identificar vestígios físicos e e biológicos auxiliando a Justiça na produção de provas, trazendo uma resposta para a família e sociedade".