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TRANSPORTE INTERMUNICIPAL

Artran oferece ajuda aos passageiros vítimas do naufrágio do Ana Clara II

Passageiros receberam ajuda humanitária e traslado em empresas reguladas pelo Estado. A investigação do naufrágio ficará sob a responsabilidade da Capitania dos Portos

Por Rosivaldo Almeida (SECOM)
07/04/2025 15h05

A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran), responsável por regulamentar os modais dos transportes Rodoviário e Aquaviário de passageiros nas ligações intermunicipais, deu apoio às vítimas do naufrágio com a embarcação Ana Clara II, na última sexta-feira (4) no rio Paracauary, localizado entre os municípios de Soure e Salvaterra, sem registro de mortes. Conforme identificou-se, a Ana Clara II não consta nos cadastros de operadores regulares do serviço de transporte aquaviário de passageiros e operava de forma irregular no estado. 

"Após tomarmos conhecimento do ocorrido com a Ana Clara II, acionamos a nossa equipe de Soure, no Marajó, para fazer o levantamento da situação e acionamos também as empresas reguladas no Estado para oferecer apoio logístico às vítimas. E foi dessa forma que conseguimos ajuda - por meio das linhas Belém-Soure, Icoaraci-Camará e Belém-Camará - às pessoas que estavam vulneráveis por conta do naufrágio", conta o diretor de fiscalização da Artran, Gilberto Barbosa. 

Abalada, dona Rosineide do Nascimento Monteiro, de 57 anos, agradece a ajuda que recebeu. "Não me faltou nada. Recebi água, alimentação e passagem para voltar para Belém.  Depois de tudo o que aconteceu, esse apoio foi fundamental para que a gente pudesse ter o mínimo de dignidade. Eu só agradeço a Deus pelo dom da vida e por nada me faltar", contou a aposentada, que ainda recebeu roupas e calçados de pessoas voluntárias.

O servidor público da Artran (em Soure), Adolfo Maia, foi uma das primeiras pessoas a chegarem ao local onde os sobreviventes estavam. "Não pensei duas vezes em ir para ajudar as pessoas. Passei a madrugada toda junto a elas levando ajuda humanitária, com água, refrigerantes, etc. Consegui documentar o nome de todos os envolvidos, ajudar com ligação para informar parentes e amigos sobre o ocorrido e também pude intermediar o traslado desses sobreviventes em outras embarcações sem custo nenhum", disse Adolfo.

Dias depois do naufrágio ele se diz realizado em poder participar de um momento importante na vida de quem nasceu de novo. "Estou emocionado e feliz por conseguir ajudar tanta gente. A sensação que eu tenho como servidor público é de dever cumprido! Nós devemos estar sempre à disposição da população", concluiu o controlador de transporte. 

Investigação – Testemunhas contam que o barco colidiu com pedras que danificaram o seu casco. As investigações estão sendo realizadas pela equipe da Capitania dos Portos, órgão responsável pelo cadastro de qualquer tipo de embarcação e da tripulação, que tem que ter carteira de habilitação para função dentro da embarcação. A Artran fiscaliza os serviços que saem de Portos habilitados para a operação de embarque e desembarque de passageiros. A embarcação Ana Clara II não opera em nenhum dos Portos fiscalizados.