Agroint capacita microempresários à exportação no festival do chocolate
As oportunidades e desafios do agronegócio para exportação e as estratégias de cooperação para acesso aos mercados internacionais foram temas do 17º Agroint, dentro da programação técnica do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia e Flor Pará 2015. O Agroint é uma das ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para conectar exportadores brasileiros ao mercado externo, criando oportunidades de negócios.
A qualificação de produtores e empresários é uma estratégia do governo do Estado para aumentar a participação do Pará na pauta de exportação brasileira. Segundo Padro Viana, do departamento de promoção do ministério, dos dez produtos mais exportados pelo Brasil, oito são do setor agropecuário, como café, açúcar, soja, suco de laranja, etanol, carne bovina e frango. Os principais compradores são União Europeia e Japão.
A exportação exige produtos protegidos de doenças, por isso o fiscal agropecuário Milton Cunha fala sobre o manejo que combate as pragas da plantação para garantir a segurança alimentar e a comercialização no mercado externo. O uso de produtos químicos é uma polêmica que criou o Fórum de Combate aos Agrotóxicos para discutir a questão. “Não se pode fazer agricultura sem esse insumo, o que há é o mau uso dos pesticidas sem obedecer as regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura”, explicou Milton.
O analista de comércio exterior Eduardo Mazzoleni aponta a importância do cooperativismo no acesso ao mercado internacional. “É difícil, mas necessário, exige planejamento e comprometimento. É preciso cooperar para ter resultado individual, mas não a curto prazo”, avalia Mazzoleni, para quem a burocracia das regras e procedimentos para exportar não é o maior problema. “O desafio é conhecer o sistema exportador e obter um produto com diferencial no mercado. Considero a exportação uma escola de competitividade”, assinalou.
O produtor de cacau Walter Garcia, de São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará, não pertence a nenhuma cooperativa, mas é a favor desse sistema que “permite comprar mais barato e vender por um preço melhor. É a solução para a crise econômica que vivemos hoje”, disse.