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Edição especial do 'Diálogos com o Patrimônio' resgata trajetória de musicistas paraenses

O encontro abordou as trajetórias de figuras femininas marcantes do cenário musical paraense

Por Amanda Engelke (SECULT)
26/03/2025 15h57

"As Mulheres da Música no fim do século XIX e início do século XX" foi o tema da palestra ministrada nesta quarta-feira (26) pela professora Milena Souza na Biblioteca Renato Gimenes, localizada no Palacete Faciola, em Belém. O evento integrou uma edição especial do programa "Diálogos com o Patrimônio".

A atividade fez parte da programação Março Delas, promovida ao longo do mês pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. A palestra foi organizada pelo Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (DPHAC).

O encontro abordou as trajetórias de figuras femininas marcantes do cenário musical paraense, como a harpista Esmeralda Cervantes, a cantora e empresária Adele Naghel e as irmãs Matilde e Virgínia Sinay.

Baseada em documentos históricos, partituras e estudos de gênero, a pesquisa da palestrante — ainda em andamento — valoriza a contribuição feminina para a memória cultural e artística do Pará. O estudo evidencia como a música se tornou uma forma de resistência aos papéis de gênero tradicionais.

“O magistério também foi muito importante para essas mulheres, que começaram educando seus filhos em casa e, mais tarde, tiveram a oportunidade de ingressar nessa área, já que era vista como uma extensão do papel materno. Assim, passaram a dar aulas de música e anunciavam essas aulas nos jornais”, explicou a professora Milena Souza.

O período da Belle Époque foi marcado pelo florescimento cultural, no qual a música teve um papel essencial.

A palestra reuniu diversos estudantes, que interagiram e fizeram perguntas ao final da apresentação.

A estudante Hellen Rodrigues destacou a importância do evento para ampliar seu conhecimento sobre o tema. “Gostei muito, são coisas que eu não sabia, uma perspectiva de pesquisa mesmo. Foi importante para agregar conhecimento, ouvir a história dessas mulheres, do que elas fizeram, como conseguiram acesso à educação”, avaliou.

Texto: Juliana Amaral/ Ascom Secult