PC deflagra operação e apreende um adolescente em flagrante
Foram apreendidos celulares e outros dispositivos eletrônicos, que passarão por perícia para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos
A Polícia Civil do Pará apreendeu, em flagrante, um adolescente por ato infracional análogo ao crime de armazenar e produzir material de abuso infantil durante a terceira fase da Operação Anjo da Guarda, nesta terça-feira (25), na Região Metropolitana de Belém.
A ação, deflagrada pela Divisão de Combate a Crimes contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV), vinculada à Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), contou com o apoio da Polícia Científica do Pará (PCEPA) e teve como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências de pessoas investigadas por crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes.
“A operação Anjo da Guarda tem sido essencial para desarticular redes criminosas que exploram vulnerabilidades de jovens na internet. A polícia segue firme em sua missão de proteger os direitos das vítimas e responsabilizar aqueles que cometem esses crimes”, destaca o delegado-geral Walter Resende.
Em Marituba, a perícia constatou que havia um dispositivo com esse conteúdo criminoso, no celular do adolescente. “A nossa investigação teve início por possível crime de aliciamento de menor e produção de conteúdo pornográfico infantil. Com o avanço da investigação, conseguimos obter um mandado de busca no endereço para tentar identificar o autor do crime. Foi identificado um celular que tinha conteúdo pornográfico”, informou a delegada Géssica Araruna.
O adolescente foi encaminhado para audiência judicial para a realização dos procedimentos legais necessários. “Recentemente, uma série de ficção retratou de maneira impactante como jovens podem ser facilmente manipulados e expostos a conteúdos prejudiciais na internet, evidenciando as vulnerabilidades dessa faixa etária. É exatamente para evitar que essa realidade se torne comum em nosso Estado que estamos intensificando nossas ações”, ressalta a delegada Vanessa Lee, diretora da DECCC.
Três aparelhos telefônicos foram apreendidos e encaminhados à DECCC para posterior perícia definitiva. “Foram encontrados indícios de pornografia infantojuvenil. Será feito um laudo preliminar para verificar se vai haver flagrante ou não, por se tratar de menores de idade”, acrescentou o perito criminal da GPI, Luiz Fernando Luz.
Conhecimento - Peritos atuam para provar a existência de crime, mesmo quando o suspeito tenta esconder as provas. “Os peritos da informática têm o conhecimento de onde geralmente ficam esses arquivos criminosos em perícias de Local de Crime. Posteriormente, com os equipamentos e softwares forenses, é possível recuperar arquivos que possam ter sido apagados”, completou o perito criminal.
“A investigação partiu de pessoas que foram identificadas como responsáveis através de e-mails, por armazenar grande quantidade desse tipo de conteúdo vinculado às suas contas. Nesse momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão, que foi deferido judicialmente, é essencial a participação dos peritos da Polícia Científica, para que a gente consiga, no local, identificar quem é o autor, e também realizar a prisão em flagrante através da perícia in loco”, disse Lua Figueiredo, delegada titular da DCCV.
As investigações continuam para identificar e localizar outros suspeitos envolvidos nos crimes. Informações que possam auxiliar o trabalho policial podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia, número 181, com sigilo garantido.
