Hospital Regional de Marabá promove ação de conscientização sobre epilepsia
A ação educativa orientou os pacientes, sobre como identificar os sinais de uma crise epiléptica, e adotar as medidas adequadas para auxiliar alguém durante o episódio.

O Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, realizou na terça-feira (25), palestras educativas aos pacientes em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, celebrado na quarta-feira (26). De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença neurológica afeta 50 milhões de pessoas no mundo.
George Silva, 39 anos, morador de Marabá, na região de Carajás, foi encaminhado para consulta especializada com ortopedista devido a dores lombares. Durante sua visita ao hospital, ele parabenizou a ação educativa e destacou a importância da conscientização.
"Tenho amigos que convivem com a doença, muitas vezes há preconceito ou falta de informação. Atividades como essa são essenciais para esclarecer dúvidas, combater o estigma da doença e orientar sobre como agir em situações de crise", afirmou.
A ação integra o projeto "Saúde em Foco", desenvolvido pelo serviço de humanização. O programa acolhe e informa os pacientes enquanto aguardam consultas e exames, oferecendo palestras e ações educativas que promovem um ambiente mais humanizado e disseminam conhecimentos sobre prevenção, manejo de doenças e cuidados com a saúde.

João Pedro, 35 anos, morador de Itupiranga, na região do lago de Tucuruí, encaminhado para exame de ressonância magnética, expressou seu apoio à iniciativa. Ele contou que tem um irmão diagnosticado com epilepsia e a ação foi esclarecedora para ele. "Achei muito importante participar dessa iniciativa. Agora compreendo melhor a condição do meu irmão e me sinto mais preparado para ajudá-lo no dia a dia", explicou.
Conscientização - A ação na unidade do Governo do Pará, contou com palestras do enfermeiro Lucas da Mata, que durante a iniciativa destacou informações importantes sobre a epilepsia, abordando o diagnóstico, as principais causas da doença e formas de tratamento.
"O diagnóstico envolve a análise do histórico médico do paciente, relatos de crises e exames como eletroencefalograma e a ressonância magnética. O tratamento é feito com medicamentos antiepilépticos, que ajudam a controlar crises, mas pode incluir cirurgias e outras abordagens, dependendo do caso de cada paciente", destacou.
O enfermeiro explicou que as principais causas da doença podem estar relacionadas a alterações genéticas, lesões cerebrais, infecções como meningite ou até traumas na cabeça. "Compreender esses fatores é fundamental para oferecer um manejo eficaz e garantir melhor qualidade de vida às pessoas que convivem com a epilepsia. É essencial buscar um médico especialista para avaliação precoce e tratamento adequado", enfatizou.

Além disso, durante a ação, Lucas enfatizou como identificar os sinais de uma crise epiléptica e explicou as medidas adequadas para ajudar alguém durante o episódio. "Os sinais podem incluir movimentos involuntários, perda de consciência ou confusão súbita. Proteja a pessoa de lesões, vire-a de lado para evitar sufocamento e nunca coloque objetos em sua boca. Se necessário, busque ajuda médica imediatamente", orientou.
Referência - O Serviço de Neurologia Clínica do Regional de Marabá, sob gestão do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) e Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), se destaca por oferecer uma infraestrutura completa de diagnóstico, disponibilizando exames avançados como tomografias e ressonâncias magnéticas, essenciais para o suporte e a precisão no tratamento neurológico como da Epilepsia.
O atendimento neurológico na unidade desempenha um papel fundamental na identificação precoce e no manejo de doenças que comprometem o sistema nervoso, como enxaquecas, doenças neurodegenerativas, alzheimer, parkinson, epilepsia, esclerose múltipla, acidentes vasculares cerebrais (AVC), além de transtornos do sono e distúrbios do movimento, como tremores, entre outros.
Perfil - Os serviços no Hospital Regional do Sudeste do Pará são 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade é referência na região, com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) – Adulto, Pediátrica e Neonatal.
Texto: ASCOM/ HRSP