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SAÚDE PÚBLICA

Santa Casa investe em equipamentos mais duráveis para a terapia ocupacional

Almofadas e órteses são indicados para pacientes adultos e pediátricos, e são revestidos para garantir mais higiene e sustentabilidade

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
25/03/2025 14h25

Os coxins - almofadas de apoio para evitar ferimentos por pressão em pacientes que ficam muito tempo acamados - e as órteses, usadas para alinhar, corrigir ou regular partes do corpo de pessoas acidentadas ou adoentadas, já são confeccionados rotineiramente pelos terapeutas ocupacionais da unidade de saúde.

Os equipamentos são indicados para pacientes adultos e pediátricos em atendimento hospitalar, sendo elaborados e adaptados de acordo com as necessidades individuais, explica a terapeuta ocupacional Clévia Dantas, uma das precursoras na confecção desses recursos usados na Clínica Médica.

"Na Santa Casa, a Terapia Ocupacional se tornou referência desde que iniciou esse trabalho, com o olhar relacionado às metas de segurança do paciente, especificamente a meta de evitar que o paciente tenha lesão por pressão. E a gente se preocupou muito com a baixa mobilidade e a imobilidade do paciente, no sentido de evitar que ele venha a ter algum tipo de deformidade ou alguma doença em função dessas situações. Por isso, usamos as órteses de descompressão para não só prevenir essa compressão da pele, que gera as úlceras, mas também contribuir para a correção dessa postura", informa a terapeuta.

Profissionais empenhadas em garantir bem-estar aos pacientes e menor impacto ao meio ambiente

Revestimento - Por meio de uma parceria entre a Terapia Ocupacional e as gerências de higienização, hotelaria e rouparia da Santa Casa, os coxins e as órteses passam por um processo de revestimento, com um tecido tipo TNT, usado em mantas cirúrgicas. O material, que antes era descartado pela instituição, confere às peças uma aparência melhor, além de garantir mais higiene e durabilidade, diz a terapeuta ocupacional Renata Magalhães, que confecciona órteses para pacientes adultos.

"Em termos de vantagens, podemos falar em economia para o hospital, pois a órtese produzida no colchão sem o revestimento dura no máximo uma semana, já que fica em contato com as secreções corporais, com suor do paciente, tendo que ser descartada. Já com as órteses recobertas, a gente tem um período de utilização maior, que pode chegar a 15 dias. E essa iniciativa contribui principalmente  para o bem-estar e a segurança do paciente, pois o material revestido reduz o risco de infecção hospitalar porque facilita a higienização. Então, traz segurança e conforto, e cumpre seu papel de prevenir pioras clínicas", afirma Renata Magalhães.

O enfermeiro Marcos Gomes, gerente de Higienização da Santa Casa, confirma que a ação vem contribuindo com os processos voltados à sustentabilidade financeira e ambiental, já que reaproveita materiais que antes eram descartados no lixo, e também aumenta a vida útil dos colchões piramidais usados na confecção das órteses, reduzindo a produção de mais resíduos.

Redução de custos - "Nossa auditoria, feita dentro do nosso Programa de Gerenciamento de Resíduos, identificou que esses materiais estavam sendo descartados, gerando um custo para a instituição e o meio ambiente. A partir da constatação de uma necessidade dos pacientes, vimos que esse material poderia  ser reutilizado. E foi assim que gente começou a criar projetos de sustentabilidade dentro da Santa Casa, com as matérias-primas que são utilizadas dentro da própria Fundação para a produção dos coxins de apoio a braços e pescoço, travesseiros e outras órteses, que a Terapia Ocupacional adapta tanto para pacientes adultos quanto pediátricos", ressalta Marcos Gomes.

Além do revestimento de coxins e órteses, as sobras de TNT vêm sendo usadas na confecção de sacolas ecológicas, destinadas aos eventos do próprio hospital. No total, entre sacolas, coxins, ninhos e travesseiros para recém-nascidos, já foram produzidas 273 peças revestidas com TNT e identificadas com a logomarca da Santa Casa.

Desde novembro do ano passado, o hospital também já recolheu cerca de 5.600 q de materiais recicláveis encaminhados à cooperativas de coleta e reciclagem de Belém.